Recolhi
aqui algumas estatísticas e curiosidades encontradas por aí na internet sobre a
participação de mulheres no texto bíblico.
Não vou tentar checar a veracidade dos números, mas achei curioso e vou
listar a seguir (depois me darei o direito apenas de comentar).
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No hebraico bíblico a palavra para mulher é אשה e aparece 802 vezes no AT (a primeira vez
em Gn 2:22).
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No grego do NT a palavra é γυνή e é citada 1135 vezes (a primeira em Mt 1:20).
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Há um total de 188 mulheres que são chamadas por nomes próprios na Bíblia.
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Apenas pouco mais 1% das citações diretas são atribuídas a mulheres.
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Dois livros do AT são chamados por nome de mulher – Rute e Ester
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O nome próprio feminino mais citado no AT é Ester (com 78 citações),
seguida por Sara (com 52 citações).
E no NT é Maria – a mãe de Jesus
(com 21 citações).
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A primeira mulher da Bíblia foi Eva (no hebraico: חוה). Esse
nome, dado por Adão à mulher, significa “vida” e aparece no AT como nome
próprio apenas nos versos de Gn 3:20 e 4:1.
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No NT Eva, como nome próprio (no grego: Εὔα), é citada apenas por Paulo
nos versículos de 2Co 11:3 e 1Tm 2:13.
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A única mulher na Bíblia em que se registra a idade foi Sara, que tinha
90 anos quando recebeu a promessa de ser mãe de Isaque (em Gn 17:17).
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A juíza Débora foi a única mulher reconhecida na Bíblia por suas funções
de líder político-militar (Jz 4).
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Hulda foi a primeira mulher citada
exercendo o ministério profético (em 2Rs 22:14 e 2Cr 34:22).
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Na genealogia de Jesus, no Evangelho de Mateus, são citadas cinco mulheres: Tamar,
Raabe, Rute, Bate-Seba e Maria
(em Mt 1:1-17).
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O Evangelho de Lucas registra pelo nome três mulheres que acompanhavam o
ministério de Jesus: Maria de Magdala, Joana mulher de Cuza e Suzana
(Lc 8:2-3).
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A mulher com quem Jesus manteve o mais longo diálogo foi a Samaritana (em Jo 3).
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A única mulher a ser ressuscitada na Bíblia foi Dorcas
(narrado em At 9).
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A primeira cristã europeia citada na Bíblia foi Lídia
(em At 16).
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Apenas duas mulheres são nomeadas entre as heroínas da fé de Hb 11 – Sara
e Raabe.
Comentemos um pouco:
Sobre os números em si, já disse que não fui
checar e se acontecer divergências ficam por conta de quem os contou e/ou foram
abarcados por qualquer margem de erro estatística. Sei que “quantas” não é o mais
importante. Aqui estão por curiosidade.
A Bíblia é a Palavra de Deus – isso é postulado
central de minha fé cristã. Mas também é
obra humana (também creio assim), e como tal é o registro da Revelação de Deus
feito por homens e mulheres em seus respectivos contextos culturais – com os
quais sempre interagem.
A sociedade rural, antiga e oriental onde a Bíblia
foi originalmente composta era profundamente machista e, por conta disso, os
autores se viram influenciados por esse traço cultural.
Creio e reconheço que diante de Deus todos
e todas têm iguais prerrogativas; são alvos do mesmo amor e
alcançados por uma única graça. Embora
cada um se relacione com Cristo de modo peculiar.
A distância que temos hoje dos milênios em que os
fatos bíblicos ocorreram e que foram registrados colocaram muita poeira de
tradição e carregamento cultural sobre os textos bíblicos. Isso também deve ser considerado quando vamos
interpretar as narrativas e lições.
Então tomo como paradigma bíblico para minha vida
as palavras da Virgem de Nazaré ao receber a visita angelical:
Note a serva do
Senhor. Que possa acontecer comigo segundo
a tua palavra.
(Lc
1:38).
Aproveitando.
Eu escrevi uma série de reflexões sobre mulheres da Bíblia, recomendo a leitura:
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