sexta-feira, 24 de março de 2023

O GATO DE SCHRÖDINGER E O CONHECIMENTO DE DEUS



Em 1935, o físico austríaco Erwin Schrödinger propôs um experimento, a partir de um artigo dos também físicos Einstein, Podolsky, Rosen, para demonstrar o quão absurdo e sem sentido pode ser a teoria quântica, se aplicada a situações do mundo cotidiano e visível.

Em linhas gerais, pelo experimento, um gato seria colocado numa caixa lacrada, junto com um elemento radioativo e um veneno.  Passado um tempo, se o radiativo descaísse, o veneno seria liberado e gato morreria; se não descaísse, o gato permaneceria vivo.  O paradoxo da situação é que, no mundo subatômico enquanto a caixa estiver fechada, o gato vai estar – ao mesmo tempo – vivo e morto.  Mas, ao abrir, o observador influenciaria a experiência fazendo com que o gato vivesse ou morresse.

 

E se você não entendeu direito o que isso quer dizer e quais as implicações desse experimento, não se assuste: se até os especialistas ainda debatem para compreender como essas coisas funcionam no mundo quântico – das partículas subatômicas – quanto mais eu que não sou perito!

Então vou me resguardar aos meus limites.

 

Mas, estive pensando no gato de Schrödinger – gosto de passear nessas paragens.  A divagação me levou então a caminhos mais familiares.  E uma ideia levou a outra, e a outra... e a outra ... e a outra...

Até que me ocorreu a possibilidade:

 

̶ E se comparasse o experimento de Schrödinger com a experiência do conhecimento de Deus?

̶ Seria possível uma correlação entre a física quântica e os postulados teológicos?

 

Sei que certamente me faltará domínio técnico do tema para fazer a correlação apropriada (e por isso talvez fale besteira!).  Mas se é para divagar, vamos lá.

 

No experimento científico, a realidade não pode ser descrita de forma conclusiva até que o observador abra a caixa.  Não há possibilidades teóricas de conhecimento apenas a partir de fórmulas e abstrações.  Somente como a verificação do experimento é que se sabe a realidade.

O problema é que ao abrir a caixa, o observador influencia tanto no resultado do experimento como seu próprio conhecimento.

 

̶ Pelo menos é assim que deve funcionar a nível das partículas subatômicas da ciência quântica.

 

E quanto aos postulados teológicos e ao conhecimento de Deus?

 

Quando nos referimos a Deus, ele não pode ser descrito de forma conclusiva até que se abra a Palavra.  Não há possibilidades teóricas de conhecimento apenas a partir de fórmulas e abstrações.  Somente com a vivência e o experimento é que se o conhece em realidade.

A situação é que, ao abrir a Palavra, o fiel influencia tanto no resultado de sua teologia como sua própria existência e conhecimento de Deus.

 

̶ É sempre assim que funciona quando nos envolvemos com o Deus a nível da sua Palavra e da experiência com ele mesmo.

 

Ainda: eu escrevi um texto intitulado EMAÚS E A CONVERSA TEOLÓGICA onde apresento minha compreensão do que é – deve ser – Teologia.  Dê uma lida lá para enriquecer a reflexão (veja no seguinte link).

 

2 comentários:

  1. oi eu tenho um site que agrega conteúdos se voce tiver interesse voce pode nos manda um link diário o indereco do site é https://gooodlinks22.blogspot.com/

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