Levar
a vida cristã à sério – com sinceridade e compromisso existencial – é se
colocar em risco constante. Isso foi
atestado pelo Cristo quando afirmou que o mundo nos odiaria e que, vivendo em
meio a ele, teríamos aflições (confira Jo 15:18 e 16:33).
Escrevendo mais uma vez aos Coríntios, Paulo
afirma que em nossa vida cristã trazemos em nosso corpo a morte de Jesus e,
por causa dele, somos custodiados à morte em todas as circunstâncias, na
expectativa de que a própria vida dele seja manifestada em nós (2Co 4:10-11).
Para chegar a essa compreensão, Paulo lista
algumas conjunções que acompanham a vida do cristão como setas que lhe chegam
de todos os lados. Vamos trabalhar com a
lista apostólica (nos versos 8-9 anteriores):
§
Somos apertados, mas nunca sufocados –
# Jesus disse que
a vida cristã deve ser trilhada por um caminho estreito, apertado (no grego:
θλίβω – em Mt 7:14).
# Mas não tem
aperto nessa vida que nos tire a liberdade ou o movimento (no grego: στενοχωρέω).
§
Desnorteado, mas nunca desesperado –
# Algumas
situações realmente nos deixam desnorteados, perplexos; como foi o caso de
Paulo diante dos crentes da Galácia (no grego: ἀπορέω – em Gl 4:20).
# Isso contudo
não descamba em estar totalmente perdido, renunciar a toda esperança ou entrar
em desespero (no grego: ἐξαπορέομαι).
§
Perseguidos, mas nunca abandonados –
# Nas
bem-aventuranças, o Mestre reconheceu a perseguição, mas afirmou que abençoados
seriam os que fossem perseguidos, sendo justos (no grego: διώκω – em Mt 5:10).
# Seguindo o
padrão da vida cristã, recai sobre nós a promessa de nunca ser abandonado ou
desamparado (no grego: ἐγκαταλείπω).
§
Pisoteados, mas nunca destruídos –
# Situações nos
colocam em posição que parece que somos tratados como estrado ou capacho (no
grego: καταβάλλω).
# Mas sempre será
melhor perder uma parte qualquer do corpo que ter toda sua vida destruída (no grego:
ἀπόλλυμι – em Mt 5:29-30).
Em tais situações, porém, sempre nos fica
evidenciado que o poder sobre as circunstâncias pertence ao Senhor – e não a
nenhum de nós – para a glória de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário