terça-feira, 17 de setembro de 2013

1913-2013

Em 1913 Aracaju era uma jovem cidade. Com pouco mais de meio século de fundação, Aracaju, com suas ruas em xadrez, era uma cidade planejada que se abria com perspectivas de futuro. 
Naquelas primeiras décadas do século XX, a cidade via acontecer o seu primeiro boom de desenvolvimento comercial e industrial. Ela então deixava de ser apenas uma utopia de sonhadores para assumir sua vocação de capital de todos os sergipanos.
Foi também lá em 1913 que alguns irmãos e irmãs, vindo das Alagoas, atravessaram o Rio São Francisco e, chegando às margens do Rio Sergipe, fundaram aqui uma Igreja Batista - a primeira em solo de Sergipe del Rey: a Primeira Igreja Batista de Aracaju - a nossa PIBA.
No princípio, o grupo foi pequeno e talvez aquela dezena de crentes não tenha se feito notar entre as pouco mais de 35 mil pessoas que viviam em Aracaju à época. Mas é verdade que aqueles pioneiros fizeram história, estabeleceram-se e fincaram suas marcas nesta terra.  E se hoje a PIBA é centenária, devemos a eles.
Agora estamos em 2013. E me vejo levado a pensar nas palavras bíblicas que leio em Pv 22:28 - "não mude de lugar os antigos marcos que foram colocados por seus antepassados". Até posso entender que a direção do provérbio possa ser outra, mas me sinto à vontade em Cristo para atualizar as palavras sagradas.
Aqueles homens e mulheres de 1913, bem como os de 1923, 1933... deixaram para nós referências, mesmo que elas hoje nos pareçam longínquas, mas são marcas que não podemos relegar à bruma do esquecimento. 
Assim, quando já nos dispomos a olhar o que seguirá 2013, 2023, 2033... Que os marcos antigos estejam bem fincados - somos o que somos pela graça e riqueza de nossa herança - e que assumamos o desafio profético de Isaías: "alargue o lugar de sua tenda... estique suas cordas e firme suas estacas" (Is 54:2).
Glória ao Senhor da Igreja por 1913 e por 2013.

(Lá em cima, uma imagem da Ponte do Imperador, tradicional marco da cidade de Aracaju, num registro do século passado)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ENQUANTO VAMOS À CASA DO SENHOR

 "Das profundezas clamo a ti, Senhor; ouve, Senhor, a minha voz!" 
(Salmo 130:1).

Na parte final do Livro dos Salmos, há 15 salmos que são chamados de Cânticos de Degraus ou Cânticos de Romagem.  Eles eram entoados enquanto o povo se dirigia para o santuário e expressam tanto o sentimento como a preparação espiritual dos fiéis que estão indo adorar a Deus.  Um deles – o Salmo 130 – retrata com simples profundidade o anseio que o crente tem pelo encontro com o Senhor.
O salmo parte das profundezas [da alma] de onde vem o clamor pelo Senhor: Escuta, Senhor...  É como se o salmista quisesse dizer que no fundo do seu ser o que realmente importa é estabelecer um contato com Deus.  Enquanto se dirige à adoração, é preciso manter aberto o canal com o Mestre.  Diríamos: deixamos as superficialidades da vida e buscamos ao Senhor com a mais sincera de nossas intimidades.  Lá onde só Deus me conhece é que quero ser visto e ouvido pelo meu amado Senhor.
Mas este contato íntimo com Deus me põe a desnudo.  Diante disto o salmista questiona: Quem escaparia? (Salmo 130:3).  É diante de Deus que eu me vejo quem realmente sou, e assim que constato que sou um pecador e que – embora necessite e deseje a companhia divina – não posso sobreviver na sua presença.  Contudo, ainda assim o salmista sabe somente em Deus está o perdão para os que o temem, por isso insiste em por a sua esperança no Senhor (Salmo 130:7). 
Desta forma este salmo de apenas oito versos afirmando que mais que qualquer coisa nesta vida o que mais queremos é a estar na presença sagrada.  Mais que qualquer segurança; melhor que qualquer esperança; mais que qualquer satisfação; o que eu realmente desejo é estar com o Senhor.
Que este seja o nosso canto enquanto nos dirigimos à Casa do Senhor para adorá-lo – reflexo de toda a nossa vida.  Aleluia.                

terça-feira, 10 de setembro de 2013

VIDA VITORIOSA

Uma das tendências mais marcantes da espiritualidade e religiosidade modernas é o que chamamos de triunfalismo.  De livros de auto-ajuda a cultos explosivos, sempre há promessas de vida de vitória e triunfos sobre qualquer circunstância nesta vida...
— 'tá bom!!! vá lá!!! 
... porém, segundo a Bíblia, a vida vitoriosa do crente não lhe exclui as lutas: pelo contrário, sempre será acompanhada de aflições e até negações (confira Jo 16:33 e Mt 16:24).
Contudo, mesmo não tendo nesta vida descanso perene (leia Hb 13:14), há uma promessa certa que já somos mais que vencedores (a base está em Rm 8:37) e mesmo que hoje pareça não ter chegado, ela virá no tempo próprio (garantia de 2Pe 3:9).  Mas, sabe por que isto?  Lendo o apóstolo Paulo posso observar pelo menos três indicações.
Primeiro: Todas as coisas contribuem para a vitória do cristão (Rm 8:28).  Deus está no controle da história e por fim os seus perceberão que cada circunstância da sua vida foi apenas uma etapa na consecução da vitória final (Jó 19:25).
Segundo: Nada nesta vida, por pior que possa parecer, será suficiente para nos separar do amor de Cristo que em nós opera (Rm 8:38).  Quando Deus resolve agir, ninguém consegue detê-lo, o que implica que sempre podemos perceber a manifestação divina, mesmo nos momentos mais difíceis (Is 43:13).
Terceiro: O melhor é o que está por vir.  O que experimentamos hoje é duro mas transitório; contudo o vindouro e definitivo é infinitamente melhor (Rm 8:18).  Suportar as tribulações desta vida por amor a Deus sempre traz a certeza de que o melhor virá (Mt 19:29).
Assim, somente devo concluir como o apóstolo: Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou (Rm 8:37) – Aleluia!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A IGREJA E SUA MISSÃO

E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16:15).
É inegável que a Igreja de Cristo está aqui nesta Terra com uma missão específica.  Se ligarmos os textos da Comissão em Mc 16:15 com as instruções de At 1:8 então ficará bem mais claro aquilo que nosso Mestre incumbiu os seus com objetivo e missão: Evangelizar até os confins da Terra!
Jesus reconheceu sua missão como sendo a de evangelizar – dar a boa notícia da reconciliação entre Deus e os homens (Lc 4:18).  Após a sua morte e ressurreição Ele deixou bem firmada sua intenção de que seus discípulos fossem a anunciar a mesma boa notícia: “pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só espírito” (Ef 2:18).  A missão inalienável da Igreja é anunciar ao ser humano perdido que em Cristo ele pode voltar-se para Deus e encontrar refúgio e esperança.  Evangelizar não é opção para a Igreja, é a essência de sua missão.
Mas, como observamos acima, conjugando este conceito com a instrução de Atos então vamos compreender que a abrangência da nossa missão é todo o ser humano: onde houver alguém que precise ouvir a boa notícia – mesmo que nos confins da Terra – então ali estará o destino de nossa pregação.  Começando na minha casa (Jerusalém) e indo até os extremos da Terra, esta mensagem tem que ecoar.
Veja que assim a missão se reveste de duas vertentes: começa aqui com meu trabalho de evangelizar e se estende aos confins da Terra onde talvez eu não consiga chegar.  Em ambos os casos é minha obrigação: Orando, anunciando, ofertando, envolvendo-me.
No mundo de hoje – com todas as suas situações – vamos cumprir a nossa missão, pois o tempo é agora e o destino é este mundo sem fronteiras que precisa saber da boa notícia.  Façamos Cristo conhecido.

(A imagem lá em cima é uma reprodução do vitral que embeleza o templo de nossa igreja em Aracaju e sempre nos chama a atenção ao desafio de sermos igreja com uma missão para este mundo)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

ESTE É O ANO

Vou me dar à liberdade de uma tradução livre do Sl 118:24 (penso que não estarei agredindo o texto com esta versão): Este é o ano que o Senhor fez para nós.  Sim, 2013 é o ano que o Senhor da igreja fez para a PIBA.  Assim, não quero me deter num ensaio exegético do versículo, mas me deixar levar pelo entusiasmo do salmista.
Ele, o salmista, tinha toda convicção de que Deus é bom e o seu amor misericordioso dura para sempre, e este foi o tom de seu poema e de sua canção de louvor.  E este é o espírito do qual quero me deixar envolver para pontuar que este é o ano, é a oportunidade que Cristo nos oferece para que suas proezas sobressaiam.
2013 é o ano do nosso centenário.  E sem dúvida alguma, foi o Senhor que nos trouxe até aqui.  Porém, isto é bem mais que um número apenas.  Celebramos vidas alcançadas, famílias edificadas, laços fortalecidos e o Evangelho estabelecido em Aracaju.
É tempo de celebração porque podemos reconhecer que Deus estabeleceu para si um povo em nossa igreja que tem sido zeloso do estudo da Santa Palavra e insistente em oração.  Tem lá suas falhas, mas a misericórdia divina nunca permitiu cessar o culto ao Senhor, o serviço sagrado e nem nunca fez escassear adoração no altar nem doutrina em nosso púlpito.
Este é o tempo da igreja do Senhor.  Ele tem recheado a sua igreja de dons: potencial, recursos e gente capaz de atuar de maneira relevante no Reino de Deus.  E isso porque o Santo Espírito teve, e continua tendo, não somente livre atuação, mas também o controle sobre a vida da igreja.  É isso que nos impulsiona.  É isso que nos motiva a reconhecer:

Este é o ano que o Senhor fez para nós; alegremo-nos e exultemos nele.