terça-feira, 29 de junho de 2021

OS LIVROS DEUTEROCANÔNICOS

  


Recente publiquei um pequeno resumo de como o Concílio de Jâmnia separou as tradições judaicas dando origem às duas linhas canônicas do Antigo Testamento (reveja aquilink).

Para completar aquela postagem, na relação abaixo, apresento uma visão rápida dos Livros Deuterocanônicos

 

BARUQUE (heb. ברוך – gr. Βαρούχ – lat. Liber Baruch) – Baruque foi o secretário do profeta Jeremias e o livro se concentra em narrar como era vida cotidiana e religiosa em Jerusalém após a queda diante da Babilônia.

 

ECLESIÁSTICO ou SIRÁCIDA (heb. בן סירא – gr. Σοφία Σειράχ – lat. Liber Eclesiasticus) – Texto atribuído a Jesus ben Sirach, contém as suas reflexões pessoais escritas frente à cultura, costumes e religião grega.  O nome significa "Livro da Assembleia".

 

JUDITE (heb. יהודית – gr. Ιουδίθ – lat. Liber Iudith) – O livro relata a história de Judite, uma bela viúva, que seduz e mata o general assírio Holofernes.

 

MACABEUS (heb. מקבים – gr. Μακκαβαίων – lat. Liber Maccabæorum) – Em dois volumes atribuídos a Judas ben Matatias – conhecido como o Macabeu (martelo).  Os livros descrevem as lutas dos judeus contra os reis selêucidas e as influências gregas no século I a.C.

 

TOBIAS (heb. טובי – gr. Τωβίτ – lat. Liber Thobis) – Escrito no século II a.C. num estilo sapiencial.  O texto relata a história de famílias de judeus que, fugindo do cativeiro, vivem a verdadeira sabedoria e o caminho para a felicidade que consistem em amar a Deus e obedecer à sua vontade.

 

SABEDORIA DE SALOMÃO (heb. שלמה חכמת – gr. Σοφία Σολομώντος – lat. Liber Sapientiae) – O texto é anônimo, escrito no final do século I a.C. em Alexandria.  Profundamente influenciado pelo patrimônio histórico-religioso dos judeus, o livro procura animar a esperança diante das hostilidades.

 

Adições a DANIEL – Além da parte comum, escrita em hebraico, no Livro das Profecias de Daniel, são acrescentadas três perícopes: "Salmo de Azarias (Abednego)"; "História de Suzana" e "Bel e o Dragão".

 

Adições a ESTER – Seis capítulos adicionados na versão em Grego (LXX) que não constam do original hebraico. Dando detalhes da história de Ester na corte de Assuero.

 

sexta-feira, 25 de junho de 2021

TROUXERAM UMA MULHER ADÚLTERA

  


Ainda em Jerusalém, e enquanto os líderes dos judeus procuravam uma maneira de como apanhar Jesus para levá-lo preso e assim o silenciar, uma mulher apanhada em adultério foi trazida à presença de Jesus para que ele emitisse um julgamento sobre ela (a história está narrada em Jo 8:1-11).

Muitas questões sobre o texto e o episódio em si poderiam ser levantadas: onde acharam tal mulher? Com quem ela adulterava? E por que seu cúmplice também não fora trazido? Entre outras. 

O que importa, contudo, não são tais questões, então não vamos a elas.  Devemos observar quais as intenções dissimuladas dos acusadores da mulher e quais as de Jesus e, principalmente, como o Mestre resolveu o impasse.

Não foi o zelo pela lei ou pelas coisas sagradas ou espirituais que moveu a intenção daqueles homens em trazer diante de Jesus aquela mulher.  Ela era só um pretexto.  Na verdade, eles queriam era uma ocasião para acusar Jesus.

Note a situação embaraçosa na qual eles pretendia enquadrar o Mestre.  Se Jesus absolvesse a mulher, incorreria em quebra da lei.  Se a julgasse culpada, diminuiriam a força de sua mensagem, de amor, perdão e reconciliação e povo se voltaria contra ele.

Jesus então resolveu a questão mudando o foco do problema.  Quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra (8:7).  A questão não seria qual o pecado daquela mulher, ou quais as consequências deste, mas quem tinha o direito e autoridade para julgá-la. 

E então o texto indica que os acusadores começaram a se retirar, um a um, começando pelos mais velhos (8:9).  Ficando só Jesus e a mulher.

Foi neste ponto que Jesus demonstrou em sua atitude o que já havia dito a Nicodemos: sua missão era ser o salvador e não o juiz do mundo (leia em Jo 3:17).  Esta sim era a vida abundante que ele prometia, uma vida de liberdade do julgo do pecado e expectativa de eternidade (compare Jo 10:10 com 8:36 e 10:28).

 

* Para ouvir uma reflexão baseada nesse texto, vá a meu canal no YouTube:

 

 


 

 

terça-feira, 22 de junho de 2021

JÂMNIA E OS LIVROS DEUTEROCANÔNICOS

  


As tradições referentes aos livros considerados sagrados e que constam nas relações canônicas judaicas e cristãs são variadas e diversas.  O que, algumas vezes, causa disputas e querelas.

Deixe-me expor rapidamente a situação.

Com a destruição do Templo em Jerusalém no ano 70 pelo comandante romano Tito e o avanço da "Seita do Nazareno", o judaísmo tradicional sentiu a necessidade de estabelecer um marco (cânon) dos seus textos sagrados.

Assim, no final do primeiro século cristão (chamado EC – Era comum), um concílio rabínico-judeu se reuniu na cidade de Jâmnia (sudoeste da Palestina – atualmente Yavne – יבנה – na planta lá em cima a localização no Google Maps) e separou as tradições.

Os rabinos reunidos em Jâmnia decidiram que somente seriam considerados sagrados os textos escritos em língua hebraica e em Israel até o período de Esdras (obs. a crítica bíblica moderna questiona esses critérios, mas na época eles não tinham elementos para uma avaliação mais acurada!).

Por esses critérios ficaram de fora vários outros textos já bastante conhecidos por terem sido escritos em grego ou por serem mais recentes.

Dessa distinção surgiram os livros que ficaram conhecidos como Deuterocanônicos.  Esse termo foi cunhado em 1566 por Sixtus Senensis – um judeu convertido ao catolicismo – e vem do grego, significando literalmente: Δευτεροκανονικά = δευτερός + κανών = segunda + regra.  Ele se referiu a tais livros como tendo chegado ao cânon apenas num segundo momento.

As primeiras gerações de cristãos seguiram a linha dos rabinos de Jâmnia e desconsideraram os escritos gregos (LXX), porém, gradativamente estes textos foram se incorporando às tradições cristãs do ocidente, sendo finalmente aceitos como oficiais no Concílio de Trento em 1545.

As tradições protestantes – partindo de Lutero – tendem a rejeitar tais livros como sagrados ou inspirados, embora não desconsiderem seu valor histórico.  O argumento principal para sua rejeição está no fato de estes textos terem surgido no período interbíblico, quando a profecia e a voz de Deus haviam cessado em Israel, sendo retomadas apenas com João, o Batista.

 

sexta-feira, 18 de junho de 2021

JESUS E O PROBLEMA DA TRADIÇÃO

  


Os fariseus e alguns Mestres da Lei sempre procuraram Jesus, mas, ao contrário da multidão, não para dele aprender ou receber de suas obras maravilhosas.  Eles queriam questionar sobre o comportamento de Jesus

(O episódio aqui citado está narrado no Evangelho de Marcos, capítulo sete).

Estava claro que Jesus tinha poder para realizar milagres e estabelecer o Reino de Deus, e isto ninguém podia mais negar (veja como termina o capítulo anterior do Evangelho).  Então os líderes religiosos da época tentaram uma outra abordagem para desqualificar Jesus e seu evangelho: a não conformidade com as tradições. 

Assim, tomaram como pretexto o caso das mãos que deveriam ser lavadas antes das refeições.

Aqueles homens da religião perceberam que os discípulos de Jesus não guardavam a tradição de se lavarem antes de comer e indagaram: Por que seus discípulos não seguem as tradições? (Mc 7:5).

Se Jesus e seus discípulos não guardavam as tradições da Lei, como poderiam ser legítimos representantes de Deus?

Jesus, tendo compreendido a intenção dos seus opositores, respondeu sobre a verdadeira razão de ser dos atos religiosos.  O que torna o ser humano impuro é a sujeira que vem do seu interior! (Mc 7:15). 

Através desta ilustração, Jesus não somente calou seus adversários como deixou um ensinamento valioso.  A tradição e o formalismo religioso não purificam o coração do ser humano.  E isto os fariseus não conseguiam compreender.  Eles pensavam que por cumprirem rituais estariam aptos para entrarem no Reino de Deus.

Ora, Jesus não quebrou ou renegou a Lei de Deus (como o faziam seus adversários em nome da tradição – leia Mc 7:13), antes ensinou que o importante não eram as ações exteriores, mas um coração contrito e levado pela entrega e motivações verdadeiras que tornam alguém puro.

 

terça-feira, 15 de junho de 2021

UMA ESTRUTURA INTERNA DOS SALMOS

  


Ao contrário da divisão tradicional canônica que conhecemos em cinco livros e que não respeita relações contextuais ou temáticas, vários comentadores modernos têm optado em estabelecer uma relação estrutural interna mais relacionada com temas e usos litúrgicos. 

Quanto ao número destas divisões, estes têm variado dependendo da visão de cada autor e da abrangência que queiram dar ao uso dos textos.  Ou seja, seguindo a linha de autores como Mowinckel, Champlim, Durham, Weiser, Brueggemann entre outros, observamos que os temas principais do saltério percorrem transversalmente em todo o livro e, mesmo constituindo-se na sua maioria em temas relativamente homogêneos, são suficientemente abrangentes e ocorrentes para cobrir os mais diversos aspectos da vida humana.

 

Vejamos um pouco dessas propostas:

(1) Sigmund Mowinckel em The Psalms in Israel's Worship fez a sua classificação tomando como base o “culto em si, suas diferentes ocasiões, situações e atos”.  Segundo ele os salmos se dividem em: a) Salmos reais; b) Os hinos de louvor; c) Salmos para o festival de entronização de Javé; d) Salmos de lamentação nacional.

(2) O maior número de divisões interna atribuída ao Livro dos Salmos está na classificação de R.N. Champlim.  Na sua obra O Antigo Testamento Interpretado – versículo por versículo ele classifica os Salmos em 17 tipos, além dos chamados Salmos Penitenciais que ele os coloca numa classificação em separado. 

Para Champlim os três maiores grupos são os Salmos de Lamentação (com 65 Salmos), os Salmos de Ação de Graças e Louvor (com 27 títulos) e os Salmos Majestáticos (com 25 títulos).  Porém uma observação sobre esta classificação é que vários Salmos se encontram em mais de uma tipificação fazendo da relação uma exaustiva, mas pouco funcional lista de número de capítulos.

(3) John I. Durham no comentário contido em The Broadmann Bible Commentary classifica os Salmos em quatro grupos: 1. Hinos e Salmos de Louvor (com 74 Salmos), 2. Lamentos (com 56 Salmos), 3. Salmos Reais (com 11 Salmos), e 4. Salmos de Sabedoria (com 9 Salmos).  Esta divisão apesar de ser apresentada sem muita explicação teológica mostra um bom quadro de subdivisões que acaba se tornando bastante útil.

(4) Entre os comentadores, talvez o que mais se ocupada de alinhavar as razões e implicações de sua classificação seja Artur Weiser.  Na sua obra Os Salmos, ele chama simplesmente de gêneros literários dos Salmos.  São cinco os grupos: hinos; lamentações; salmos de ação de graças; bênção e maldição; poesia sapiencial e didática.  Esta classificação de Weiser, cuja argumentação teológica se mostra bem fundamentada, e é abrangente o suficiente para trabalhar inclusive com textos poéticos hebraicos fora do Saltério.

(5) O mais inovador e criativo, contudo, é Walter Brueggemann na sua obra The Message of the Psalms onde se propõe a classificar os Salmos a partir do uso que os fiéis fazem dos textos nas suas orações com os Salmos, porém sem se descuidar do trabalho crítico.  São as palavras de Brueggemann:

A discussão seguinte é organizada ao redor de somente três temas gerais, poemas de orientação, poemas de desorientação, e poemas de nova orientação. (...) Para organizar nossa discussão nesta maneira, nós propomos uma correlação entre os ganhos do estudo crítico (especialmente com Gunkel e Westermann) e as realidades da vida humana (entendendo para isto o uso de muitos Salmos na vida do orante).

A grande novidade do trabalho de Brueggemann é que ele faz uso dos textos a partir da própria aplicação que os mesmos tiveram para os primeiros leitores judeus tanto quanto hoje têm para os cristãos que usam os mesmos textos aplicando-os para as suas vidas cotidianas, quer individualmente, quer coletivamente. 

Ou seja, em todas as épocas o Livro do Saltério mostra-se atual e relevante pois a vida humana sempre está estacionada em algum destes pontos, ou está em movimento de um para outro ponto – assim esta classificação é ao mesmo tempo a mais abrangente e a mais específica.

 

sexta-feira, 11 de junho de 2021

O PERIGO DAS RIQUEZAS

  


Houve um homem que procurou Jesus e por ele foi recebido.  É o encontro com o jovem rico (narrado em Lc 18:18-23).  Apesar de possuir bens e valores deste mundo, era alguém carente de espírito.  Por isso procurou Jesus, e a ele o Mestre também deu atenção.

Contudo, no caso específico, o encontro teve um desfecho: o homem preferiu continuar na posse de sua riqueza, ao invés de seguir as instruções de Cristo.

A este episódio seguiu-se um diálogo e comentários de Jesus sobre o perigo das riquezas e como elas podem atrapalhar alguém a entrar no reino de Deus.  A princípio Jesus indicou uma comparação aparentemente absurda: é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (18:25).

O problema aqui não é a riqueza em si (como também não foi no caso da parábola do rico e Lázaro em Lc 16:19-31).  A crítica que Jesus faz é ao fato de que, quem as possui, confia mais nelas que em Deus, o que impossibilita a entrega pessoal aos cuidados e comando divinos.

Mas o que parece ser impossível aos homens – um camelo no fundo da agulha – é perfeitamente possível a Deus – um rico ser humilde e converter-se (confira 18:27).  A lição é que não se chega ao reino de Deus comprando posições ou por merecimento próprio, mas somente pela misericórdia e poder do Senhor.

E diante do questionamento sobre o desprendimento dos discípulos, Jesus acrescentou ainda mais uma verdade: todo aquele que, tendo deixado tudo para o seguir, esse será alvo de bênçãos terrenas e eternas (veja 18:30).

(Da revista "Lucas" – Editora Sabre)

terça-feira, 8 de junho de 2021

CULTUAMOS EM CELEBRAÇÕES FESTIVAS

  


Creio na alegria da salvação que o Senhor nos dá e por isso nossa adoração tem que se manifestar em abundante alegria.  

Mas, às vezes, sinto em algumas de nossas igrejas um carregamento tão pesado que parece nem estarmos diante do Deus da glória.

Além do mais, eu estou convencido de que culto é encontro com Deus, o que deve necessariamente indicar que na presença dele a alegria é completa (leio isso em Sl 16:11).

Este é o assunto que tem me ocupado há muito tempo, e cada vez mais creio que o Senhor tem me chamado para ser um arauto (lembro o meu tempo de ER), um divulgador da adoração como expressão de nossa alegria pela presença inaudita do noivo no meio da igreja.

Não que tenha o direito de julgar o servo alheio, mas em Cristo penso eu que ou transformamos nossos cultos em verdadeiras celebrações festivas da multiforme graça de Cristo ou nosso cristianismo se esvaziará em apenas um conjunto de crenças sistematizadas.

Estou apenas compartilhando e fomentando o assunto para à glória de Deus.

 

(Em março de 2009 eu postei em ibsolnascente.blogspot.com essa fomentação. 

Aqui refaço a leitura daquela postagem)

 

sexta-feira, 4 de junho de 2021

JESUS CHOROU

  


O versículo de Jo 11:35 é bastante curto e bem conhecido.  Diz apenas: Jesus chorou.  A demonstração desta característica essencialmente humana de Jesus é quase única nos Evangelhos (a outra citação de choro de Jesus foi sobre Jerusalém e está narrado em Lc 19:41). 

Mas para entendê-la melhor é preciso observar o contexto. 

O choro de Jesus não foi um desespero de derrotado diante da fatalidade da morte.  O choro era humano – pois Jesus assim o foi.  As lágrimas externavam uma profunda compaixão e solidariedade diante da dor naquela situação.

A história segue.  Depois do diálogo com Marta (citado nos versos anteriores), Jesus procurou conversar com a outra irmã – Maria.  Na conversa, Jesus se viu profundamente envolvido e tocado com toda situação e pelo luto do momento. 

A dor da perda sentida pelas irmãs e o choro dos que as acompanhava agitou Jesus em seu espírito (confira Jo 11:33).

Mesmo sendo Deus (confira novamente o que ele disse a Marta) e tendo ciência do sobrenatural que estava por acontecer, Jesus foi tocado pela dor humana daquelas mulheres.  E chorou com elas.

Deste detalhe narrado por João é importante destacar que Jesus Cristo, mesmo em sua grandeza e infinitude divina, veio ver e se envolver com a vida humana, suas dores e mazelas. 

O Verbo que se fez carne e habitou entre nós a ponto de podermos ver a glória de Deus refletida nele (relembre Jo 1:14), é também movido de compaixão a ponto de se comover com homens e mulheres que choram as suas dores.

É esse Jesus que chora conosco ainda agora.

terça-feira, 1 de junho de 2021

AS RIQUEZAS DE OFIR

  


Quem está familiarizado com o texto bíblico já deve ter lido sobre Ofir.  E mesmo que não seja esse o seu caso, se você está acostumado com as gírias e as músicas gospels com certeza já foi apresentado ao ouro de Ofir.

 

— Mas, o que será esse tal de Ofir?

 

O termo em língua hebraica (אופיר) é usado no AT cerca de uma dezena de vezes e parece se referir a um destino fenício cujo ponto geográfico ainda é ignorado (obviamente hipóteses não faltam).  E além das narrativas históricas, há citação do ouro de Ofir nos livros de Jó e Isaias.

 

Para acalentar a curiosidade, vamos lá...

 

Hoje há no Distrito de Braga, em Portugal, uma praia chamada de Ofir.  Ali algumas lendas tentam associar esse destino turístico às referências bíblicas.  Mas carece de comprovação histórica.

 

Também há um personagem citado no Antigo Testamento chamado Ofir entre os descendeste de Sem (confira em Gn 10 e 1Cr 1).

 

A referência mais segura, porém, vem de textos como 1Rs 9 onde indica que o rei Salomão teria uma frota de navios ancorados nas margens do Mar Vermelho e de lá iriam periodicamente buscar riquezas em Ofir – em especial o ouro dali que se destacava por ser finíssimo, puro e raro.

Anos depois de Salomão, o rei Josafá tentou enviar também uma frota para buscar ouro em Ofir, mas não teve êxito (conforme 1Rs 22:48).

 

Além disso, pouco se sabe.

 

— Ali seriam as minas do rei Salomão?