Em seu projeto de expansão missionária, o apóstolo Paulo, guiado por uma visão, entrou pela primeira vez na Europa, na província greco-romana da Macedônia. Foi lá que ele encontrou Lídia.
Só que não há muitos detalhes sobre essa mulher no texto do Livro de Atos, então, para conhecê-la melhor vou tentar me achegar ali e ver de perto o que posso descobrir.
Use sua imaginação e investigação comigo.
Depois que o Imperador Cláudio expulsou os judeus de Roma, a situação deles, e dos convertidos, ficou complicada em todo lugar. Por conta disso, os movimentos e encontros deveriam ser bem planejados.
O dia é sábado pela manhã e Paulo junto a seus companheiros saem do centro da cidade de Filipos – importante e movimentado centro comercial nos limites da Macedônia, ao longo da Via Ignatia. Eles procuram um lugar sossegado onde possam se juntar a outros em oração. E encontram um canto apropriado nas margens Rio Gangites.
Ali, algumas mulheres reunidas oferecem a oportunidade certa para início de conversa. Acredito eu que elas, além das tarefas próprias de mulheres, também buscavam esse lugar de exercer sua fé.
É então, que em meio a conversa e apresentação de Jesus Cristo feita pelo apóstolo, uma mulher se destaca: Lídia.
O que posso saber é que ela não é daqui. Ela veio da região da Ásia Menor e, provavelmente, trouxe de lá seu negócio – o rico e influente comércio de púrpura.
Deixe-me abrir um parêntese para conhecer esse comércio. Na luxuosa Roma, o corante de cor púrpura era um item de ostentação para a aristocracia que era extraído de caramujos. Por ser uma atividade difícil e exclusiva e ter seu preço maior que a prata, quem controlasse essa rota teria não somente bastante crédito financeiro como prestígio na alta sociedade.
Fechando o parêntese, voltamos para identificar melhor Lídia. Pelo que dá para perceber, essa mulher empreende bem os negócios da púrpura, tanto da extração em Tiatira, como ali em Filipo, a fronteira comercial da Europa romana. Tanto é que tem uma equipe de servos e colaboradores sob seu comando.
Mas nessa manhã, Lídia está ali buscando também o lugar de oração e sua história está para ser totalmente transformada. É inspirador ver que uma mulher como aquela pode compreender a mensagem cristã e abrir seu coração.
Em seguida ela imediatamente desce as águas e recebe o batismo e leva a sua equipe também ao conhecimento do evangelho. Sempre acontece assim, uma alma que se encontra pessoalmente com Cristo quer levar outros à mesma experiência.
Mas a história não acaba aqui. Lídia, que até então era conhecida como a empreendedora e influente comerciante de púrpura, agora será conhecida como aquela que acolhe o apóstolo e abriga uma igreja em sua casa (tanto é que depois de soltos da prisão, Paulo e Silas voltam para sua casa onde se encontram com os irmãos reunidos).
Confesso que foi bom conhecer essa mulher fascinante. Alguém que quando tocada verdadeiramente pelo evangelho transformador, pode usar de suas posses e riquezas para servir a igreja de Cristo.
Que eu possa também aprender com ela.
Leia mais sobre as mulheres da Bíblia –
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