sexta-feira, 24 de maio de 2019

Doenças da alma - AUTISMO


Outra doença da alma que deve merecer atenção nessa nossa série de reflexões é o autismo. E antes que eu diga algo errado, deixe-me passar a palavra à APA – Associação Americana de Psiquiatria que identificou o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) como "um transtorno complexo do desenvolvimento que pode causar problemas com o pensamento, o sentimento, a linguagem e a capacidade de se relacionar com os outros".
Então aqui, nessa reflexão sobre o autismo, vou evitar o termo "doença da alma" e preferir "transtorno da alma". E nesse aspecto devo acrescentar que, embora diferente das moléstias com as quais temos nos deparado nesta série, por não se apresentar com infecções, rupturas ou danos físicos, o autismo precisa ser listado quando se aborda os males humanos.
Como a própria definição já indica, o autismo é um transtorno que faz o portador não desenvolver a capacidade de se relacionar adequadamente com as pessoas e o mundo que o cercam, tendo dificuldade até de falar e interagir. Além de que, é comum a incidência de movimentos estereotipados e repetitivos e certa deficiência mental.
Causas genéticas e fatores ambientais são citadas pelos estudiosos modernos como responsáveis pelo desenvolvimento do autismo e, sendo considerado um distúrbio crônico, não há tratamento padrão ou garantias de cura para este transtorno.
Indo além em nossa observação sobre o autismo da alma, ele é um transtorno do desenvolvimento grave que tem prejudicado a capacidade de muitos cristãos de se comunicarem e interagirem, tanto com o próximo e irmão e até com o Deus-Pai.
Algumas vezes, este transtorno passa despercebido na vida de muitos cristãos – estamos tão ocupados com a vida e a agenda eclesiástica que nem notamos os outros! Mas penso que a ocupação e correria da vida e agenda são apenas disfarces para o real problema: estamos acometidos de autismo espiritual.
Sei que transtornos como esse começam a se manifestar logo na infância, e se não tratados adequadamente podem se desenvolver em diversos graus de intensidade, dos mais leves com os quais com um pouco de cuidado é possível uma boa convivência, até mais graves que impossibilitam uma saudável interação cristã.
Há cristãos que na infância espiritual já manifestam este transtorno de desenvolvimento. Certamente eles terão dificuldade em desenvolver uma vida espiritual adequada que os faça interagir e se desenvolver em meio à comunidade e comunhão dos santos.
Mas quando os sintomas começam a aparecer, só há uma providência a ser tomada. Buscar a ajuda adequada do único terapeuta capaz de, não somente identificar o transtorno no seu nascedouro, como também promover o tratamento correto que possa mais que minimizar os efeitos, mas eliminá-lo por completo garantindo uma vida de relacionamentos espirituais saudáveis.
Jesus é o terapeuta. Só ele tem o domínio completo de todas as técnicas de cura para qualquer transtorno. E o seu tratamento é todo baseado no amor – mas não um amor-sentimento qualquer – o amor como somente ele é capaz de demonstrar.
Observe as caraterísticas do tratamento amoroso deste santo terapeuta. Em primeiro lugar ele é o único que tem amor suficiente para comprometer sua vida por um autista que não consegue devolver este amor (alinhe Jo 15:13 e Rm 5:7-8).
Sabe mais, a terapia amorosa promove realmente a cura completa de todo transtorno, tenha ele a origem que tiver, o alcance que tiver, as implicações e profundidade que tiver. Jesus, quando inicia o tratamento, o faz por completo – a cura é total e definitiva, pois ele vai até o fim (veja o que diz Jo 13:1).
E finalmente. Nada se compara à promessa de que, por mais estragada que esteja uma vida cristã e seus relacionamentos, Jesus fará novas todas as coisas, inclusive aquelas vidas que se fecharam transtornadas. É verdade, o TEA – Transtorno Espiritual do Autismo não mais causará dano (considere Rm 6:14 e principalmente a palavra divina escrita em Ap 21:5).


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