Outra
doença da alma que deve merecer atenção nessa nossa série de
reflexões é o autismo.
E antes que eu diga algo errado, deixe-me passar a palavra à APA –
Associação Americana de Psiquiatria que identificou o Transtorno
do Espectro do Autismo (TEA) como "um
transtorno complexo do desenvolvimento que pode causar problemas com
o pensamento, o sentimento, a linguagem e a capacidade de se
relacionar com os outros".
Então
aqui, nessa reflexão sobre o autismo, vou evitar o termo "doença
da alma" e preferir "transtorno da alma". E nesse
aspecto devo acrescentar que, embora diferente das moléstias com as
quais temos nos deparado nesta série, por não se apresentar com
infecções, rupturas ou danos físicos, o autismo precisa ser
listado quando se aborda os males humanos.
Como
a própria definição já indica, o autismo é um transtorno que faz
o portador não desenvolver a capacidade de se relacionar
adequadamente com as pessoas e o mundo que o cercam, tendo
dificuldade até de falar e interagir. Além de que, é comum a
incidência de movimentos estereotipados e repetitivos e certa
deficiência mental.
Causas
genéticas e fatores ambientais são citadas pelos estudiosos
modernos como responsáveis pelo desenvolvimento do autismo e, sendo
considerado um distúrbio crônico, não há tratamento padrão ou
garantias de cura para este transtorno.
Indo
além em nossa observação sobre o autismo da alma, ele é um
transtorno do desenvolvimento grave que tem prejudicado a capacidade
de muitos cristãos de se comunicarem e interagirem, tanto com o
próximo e irmão e até com o Deus-Pai.
Algumas
vezes, este transtorno passa despercebido na vida de muitos cristãos
– estamos tão ocupados com a vida e a agenda eclesiástica que nem
notamos os outros! Mas penso que a ocupação e correria da vida e
agenda são apenas disfarces para o real problema: estamos acometidos
de autismo espiritual.
Sei
que transtornos como esse começam a se manifestar logo na infância,
e se não tratados adequadamente podem se desenvolver em diversos
graus de intensidade, dos mais leves com os quais com um pouco de
cuidado é possível uma boa convivência, até mais graves que
impossibilitam uma saudável interação cristã.
Há
cristãos que na infância espiritual já manifestam este transtorno
de desenvolvimento. Certamente eles terão dificuldade em
desenvolver uma vida espiritual adequada que os faça interagir e se
desenvolver em meio à comunidade e comunhão dos santos.
Mas
quando os sintomas começam a aparecer, só há uma providência a
ser tomada. Buscar a ajuda adequada do único terapeuta capaz de,
não somente identificar o transtorno no seu nascedouro, como também
promover o tratamento correto que possa mais que minimizar os
efeitos, mas eliminá-lo por completo garantindo uma vida de
relacionamentos espirituais saudáveis.
Jesus
é o terapeuta. Só ele tem o domínio completo de todas as técnicas
de cura para qualquer transtorno. E o seu tratamento é todo baseado
no amor – mas não um amor-sentimento qualquer – o amor como
somente ele é capaz de demonstrar.
Observe
as caraterísticas do tratamento amoroso deste santo terapeuta. Em
primeiro lugar ele é o único que tem amor suficiente para
comprometer sua vida por um autista que não consegue devolver este
amor (alinhe Jo 15:13 e Rm 5:7-8).
Sabe
mais, a terapia amorosa promove realmente a cura completa de todo
transtorno, tenha ele a origem que tiver, o alcance que tiver, as
implicações e profundidade que tiver. Jesus, quando inicia o
tratamento, o faz por completo – a cura é total e definitiva, pois
ele vai até o fim (veja o que diz Jo 13:1).
E
finalmente. Nada se compara à promessa de que, por mais estragada
que esteja uma vida cristã e seus relacionamentos, Jesus fará novas
todas as coisas, inclusive aquelas vidas que se fecharam
transtornadas. É verdade, o TEA – Transtorno Espiritual do
Autismo não mais causará dano (considere Rm 6:14 e principalmente a
palavra divina escrita em Ap 21:5).
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