sexta-feira, 16 de setembro de 2016

NO PRINCÍPIO – O SÉTIMO DIA

Tendo Deus terminado de criar todas as coisas:
as galáxias e os átomos,
os gigantes gasosos e a areia do mar,
os tempos e as eras,
a jubarte e o jabuti,
a mulher e o homem – suas imagens,
neste dia ele descansou.
Abençoou Deus o sétimo dia
e o santificou,
porque nele descansou de toda obra
que realizara na criação.
Santo é o descanso do obreiro,
sagrado o repouso do trabalhador.
Deus olhou e suspirou
satisfeito:
— Toda a minha grandiosidade e criatividade
estão espalhadas num DNA,
no rastro do cometa,
salpicado nas estrelas,
na gota de água,
na aurora boreal,
e no perfume do jasmim.
E nos deu a sua bênção
num sorriso da criança,
na chuva no sertão
e na prece que acalanta.
Dia separado de descanso e bênção,
dia para desfrutarmos de sua presença augusta,
dia de presente, dádiva, dom, graça.

Este é o dia que fez o Senhor;
regozijemo-nos,
e alegremo-nos nele.

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