A rigor,
não temos um fundador da igreja batista, porque várias comunidades batistas
começaram a pipocar na época do surgimento da primeira igreja batista no mundo.  Nossa origem histórica pode remontar ao pastor
John Smith e ao advogado Thomas Helwys, mas eles não criaram nossos princípios
e nossas doutrinas.  Há certa confusão
dos primeiros batistas exatamente por causa de não termos uma origem numa
pessoa, mas ao redor de princípios.  Os
princípios já estavam lá e foram entendidos por várias pessoas, em vários
grupos.  O que tornou difícil remontar a
uma origem proclamada num lugar, dia e mês, embora consideremos a igreja
fundada na Holanda, em 1609, como a primeira igreja batista.  Mas sabemos que há diferenças de
interpretações, o que mostra não haver unanimidade, embora a maioria opte como
optei.
Perguntemo-nos:
o que direcionou os primeiros batistas? Por que eles surgiram? Vamos examinar os pontos principais
balizadores dos batistas.  Eles são a
linha por onde andaremos.  Examinado
nosso passado histórico e nossa teologia, ouso apontar oito pontos principais,
dentre vários.  São eles: a suficiência
das Escrituras, a liberdade de opinião, o batismo consciente de crentes, a
segurança eterna dos salvos, as ordenanças (batismo e ceia), o sacerdócio
universal de todos os crentes, a igreja local com governo congregacional
autônomo, a separação entre os poderes civil e religioso.
Temos
estas características desde o início de nossa história, no século XVII.  Alguém dirá que estes pontos são genéricos e
me cobrará mais especificidade.  Respondo
que o ensino de Jesus e a Bíblia são genéricos, a tal ponto que grupos como
Testemunhas de Jeová e Mórmons se dizem cristãos, embora, a rigor, não sejam.  Pelo menos, o primeiro, definitivamente, não
é, por não crer na divindade de Jesus.  Nós
é que particularizamos e criamos minúcias. 
Algumas destas minúcias são necessárias, mas outras são culturais e não
podem ser vistas como princípios teológicos universais dos batistas.  Temos doutrinas que partilhamos com outros
grupos, até mesmo com a Igreja Católica, como o nascimento virginal de Jesus,
sua perfeita humanidade e sua perfeita divindade, sua morte e ressurreição.  Mas estes princípios são nossas
características maiores e deles derivam algumas posturas doutrinárias.  A observância ou não destes pontos é
responsável por erros que aparecem com roupagem diferente em nosso tempo.  Eles se ampliam em outros aspectos.  Vamos considerá-los, portanto.
Extraído de uma palestra preparada pelo
Pr.  Isaltino Gomes Coelho Filho (1948-2013)
para um congresso doutrinário em Altamira, Pará, novembro de 2009.
Leia todo o estudo sobre os
GRANDES PRINCÍPIOS BATISTAS:
 

 
 
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