sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ABA, PAI


No ensejo da passagem do Dia dos Pais, eu quero levar meus olhos a buscarem no texto bíblico esta figura.  E para esta leitura eu lhe convido a mirar as páginas sagradas comigo e perceber que até numa rápida folheada o conceito paterno de Deus está presente praticamente em toda a Bíblia.
Deixe-se levar um pouco:
Em Rm 8:15 eu leio que o Espírito nos tem adotado para que o possamos chamar de “Aba, Pai”.  Ter o Senhor como Pai é ter a garantia de uma relação íntima e pessoal com Ele.  É João quem garante: “... deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (vá a Jo 1:12).
Lucas, por sua vez, registra que Jesus contou uma de suas narrativas que ficou conhecida como a Parábola do Filho Pródigo (em Lc 15:11-32); mas que na verdade deveria ser conhecida como a “Ilustração do Pai Supremo”, já que este é o tema central da narrativa. 
Tomando esta parábola como parâmetro e oriente em nossa folheada, avencemos um pouco mais:
A parábola se abre apresentando um Pai que respeita as decisões do seu filho (confira no verso 12).  Isto demonstra o valor da liberdade consequente pelas escolhas que o Pai desenvolveu nos seus filhos.  Do mesmo modo, Deus nos outorga um espírito livre e responsável por nossas decisões (confira neste sentido Jo 8:36).
No cerne na história encontro o amor do Pai.  Não um amor qualquer, mas um amor que acolhe indistintamente todos seus filhos: o mais novo que voltou (verso 20) e o mais velho que ficou (verso 28).  Assim Deus ama a cada um como é e sempre está disposto a aceitar seus filhos em seu aconchego paterno (claramente em Rm 2:11). 
Finalizando, vejo a atitude do Pai demonstrando um cuidado que repara integralmente seus filhos (versos 22-23).  Do mesmo modo, Deus valoriza e reconstroi os seus amados independentemente da vida que eles tenham levado (uma boa interpretação para Mt 11:28-30).
Diante disto, minha expressão de gratidão e louvor ao Deus-Pai deve acompanhar as palavras de João quando diz: Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! (1Jo 3:1).

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