Por pelo menos cinco vezes, no Sermão do Monte,
Mateus observa Jesus dizer: Ouviram o que
foi dito... Para depois completar: Eu,
porém digo agora a vocês...
Demonstrando uma nítida linha de oposição entre ambos os dizeres. Isso é um dado – ponto. Mas, o que podemos aprender destas
informações?
Primeiro, que Jesus não somente conhecia a Lei dada
aos judeus, como também se sabia superior a ela. Embora não invalidasse o que fora dito, Jesus
certamente ultrapassou e ampliou o sentido da Lei dando-lhe o real
significado.
Ora, Jesus é a irrupção da era da graça, logo a Lei
formal dada aos antigos precisava ser superada.
Já não mais deveremos viver sob o império da Lei que nos julga e condena
pelos nossos pecados. Agora estamos sendo
absolvidos pela dádiva da graça que advém de Jesus e nos condiciona a um novo
relacionamento com Deus.
Também, na nova dimensão apresentada por Jesus, a
Lei não é mais exterior, mas sim interior.
O importante não é cumprir ritos e obrigações legais, nem diante dos
seres humanos, nem diante de Deus. O
importante é a intenção de ações que move corações e vida para um encontro real
e pessoal com Deus e com o próximo. A
graça brota em um coração que se aproxima intencionalmente da vontade de Deus e
não da satisfação de determinados imperativos éticos.
Hoje que sabemos que em Cristo a graça superou a
Lei, vivamos com intenção a nova relação que Cristo nos apresenta para com
Deus.