O protestantismo
nunca foi um movimento que apresentasse um corpo unificado, mas por diversos
vieses históricos o movimento que chegou ao Brasil com as missões no século XIX
apresentou uma certa unicidade. Sem
dúvida, a principal razão foi que as principais denominações trouxeram uma
forma semelhante de cultuar; o avivalismo metodista norte-americano foi o mote
desta liturgia que aliava as propostas tradicionais protestantes a uma
tendência espiritualizante da fé. Assim
razão e emoção foi o binômio que impulsionou a nascente igreja protestante no
Brasil.
Passado
pouco mais de um século e meio constatamos que o que mantém o protestantismo
brasileiro unificado, muito mais que templos, como edificações para a
realização do contato com o sagrado – já que teologicamente o protestantismo
brasileiro não deu muita importância ao santuário em si – continua sendo sua
liturgia: denominações diferentes cantam os mesmos cânticos – agora já bem mais
abrasileirados que no princípio – já
que é isto o que os mantém cônscios de estarem dentro de um mesmo universo
sagrado.
Se é
verdade que “dizei-me como e onde cantas
e dir-te-ei quem és!” então poderemos dizer que mesmo o protestantismo
brasileiro estando cada vez mais preocupado com seus templos, mas é cantando
que se sente unido. Certo também que
mesmo não abandonando as tradições recebidas dos primeiros missionários, o
protestantismo canta cada vez mais brasileiro e canta a certeza do senhorio de
Cristo e a sua vitória final desde agora, pois é nisto que ele crê e espera.
O protestantismo
chegou cantando a salvação e a esperança de sair deste mundo e se reunindo em
salas que não se pareciam templos. Hoje continua
cantando só que agora acontece sua liturgia em espaços sagrados que se destacam
como símbolos de um novo tempo que já irrompe com o anúncio da marcha triunfal
da igreja de Cristo.
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