A lista dos Profetas Menores do
Antigo Testamento consta de doze livros.
Vamos visualizá-los rapidamente um a um na ordem que aparecem em nossas
Bíblias:
Oséias –
O profeta Oséias desenvolveu o seu ministério na segunda metade do século VIII
a.C. Atuou no reino do norte e sua
mensagem consistiu em ações simbólicas que conclamaram o povo de Israel a
deixar a infidelidade para com Deus pois o juízo estava próximo.
Joel –
Este profeta, deve ter exercido seu ministério por volta do século VIII no
reino do norte e sua mensagem tinha por tema básico uma advertência sobre o
juízo iminente de Deus. São de Joel as
palavras proféticas citadas por Pedro na pregação no dia de Pentecostes.
Amós –
Profeta oriundo do reino do norte mas que exerceu seu ministério em
Jerusalém. De origem simples – era
boiadeiro – pode ser considerado o primeiro entre os profetas clássicos de
Israel (séc. IX a.C.). Sua mensagem foi
centrada na condenação da idolatria além de ter um forte apelo de consciência
social para o povo, desafiando-o a abandonar a opressão aos pobres e a religião
superficial.
Obadias
– O único livro do AT a ter apenas um capítulo, o livro de Obadias consiste de
uma mensagem profética contra Edom e sua traição a Jerusalém. O profeta Obadias viveu e exerceu seu
ministério pouco antes da queda de Jerusalém no século VI a.C.
Jonas –
Talvez o livro cuja história seja mais conhecida entre os profetas
menores. O homem Jonas deve ter vivido
no século VII ou VIII a.C. e seu ministério consistiu de um chamado para pregar
em Nínive, capital da Assíria. O profeta
inicialmente recusou o chamado, tentando fugir de Deus indo a Társis, porém em
uma reviravolta na história ele chega à cidade e prega a mensagem provocando
arrependimento em seus moradores.
Miquéias
– Foi contemporâneo dos reis Jotão, Acaz e Ezequias em Judá, onde desenvolveu seu
ministério – final do século VIII e início do VII. O profeta convocou os sacerdotes e líderes
nacionais a se apresentarem diante de Deus em arrependimento pois estavam
próximos de serem julgados. É neste
livro que encontramos a profecia sobre o nascimento do Messias em Belém.
Naum – A
data de seu ministério é incerta, talvez o século VII a.C. O conteúdo central de sua mensagem foi um
juízo de Deus contra a Assíria e a sua queda.
Habacuque
– Este profeta viveu no século VII e testemunhou a decadência do reino de
Judá. Sua mensagem questionou a
soberania de Deus diante dos desmandos morais e espirituais observados. Mas, mesmo questionando, o profeta anunciou a
queda de Judá sob as hostes babilônicas.
O livro conclui com uma oração que reafirma a certeza da esperança do
profeta na ação soberana de Deus na história.
Sofonias
– O contexto da profecia de Sofonias são as grandes reformas empreendidas pelo
rei Josias no século VII a.C. Vivendo
neste tempo, o profeta deu suporte espiritual ao rei e legitimação a sua
reforma insistindo no retorno do povo aos caminhos do Senhor antes da vinda do
terrível dia do Senhor. Também proferiu
ameaças contra nações vizinhas e pregou a restauração da filha de Sião.
Ageu – O
profeta Ageu viveu os dias de Esdras e Neemias e junto com o também profeta
Zacarias e o sacerdote Zorobabel representaram a voz de Deus no processo de
retorno do cativeiro e restauração da nação de Israel (séc. VI a.C.). Ageu exortou o povo a reedificar o templo,
repreendeu a infidelidade do povo, alertando-o a se purificar para um novo
tempo de restauração dado por Deus e conclui confirmando Zorobabel como o
escolhido do Senhor.
Zacarias
– O livro da profecia de Zacarias pode ser dividido em duas partes. A primeira deve ter sido escrita na mesma época
de Ageu (cap. 1 a 8 – séc. VI a.C.) e se compõe de oito visões que, de maneira
figurada, anunciam a nova situação moral e espiritual de Jerusalém com o
segundo templo. A segunda parte (cap. 9
a 14 – séc. V a.C.) é composto de discursos proféticos sobre as bênçãos que
virão sobre a nova nação e sua liderança, dando ênfase à chegada do Messias
vindouro.
Malaquias
– Este é um livro anônimo entre os profetas do AT. O termo que em nossas Bíblias nomeia este
livro significa em hebraico meu mensageiro – conforme bem traduzido em
3:1. Pelas lições e contexto a profecia
deve ter sido pregada no final do século V, sendo assim o último dos profetas
clássicos de Israel. O propósito da
profecia deste livro é confrontar o povo com seus pecados, sua adoração fingida
e corrupção, além de restabelecer a comunhão com Deus. O estilo do livro é a formulação de perguntas
retóricas que o próprio profeta responde segundo a palavra de Deus. É seguindo este estilo que o povo é
conclamado a se manter fiel aos dízimos.