É
um desafio de nossa Igreja ganhar nossos vizinhos para Cristo e
estabelecer o Reino de Deus entre nós, vencendo as forças do
maligno que querem imperar por aqui. Por compreender a importância
e a necessidade de nosso desafio, então: por que, neste contexto, se
envolver e fazer missões além de nossas fronteiras? Se ainda nem
alcançamos nossos vizinhos, por que nos preocupar com os haitianos,
africanos e chilenos?
Para
buscar uma resposta, quero partir da citação de Paulo que estava
disposto a fazer tudo por causa do evangelho, para ser coparticipante
dele (confira 1Co 9:23). E indo um pouco além, deixe-me apresentar
pelo menos três razões porque devo fazer missões mundiais e por
Cristo ir até aos confins da Terra.
Em
primeiro lugar por que Deus viu e amor o mundo. Da mesma forma, é
preciso que da minha igreja veja e ame o mundo (nenhum texto se
compara a Jo 3:16). Mesmo estando nos céus, Deus olhou com amor
pelas almas perdidas de todo o mundo e tudo o que fez foi movido por
esta compaixão (veja Rm 5:8). É porque este amor me alcançou que
devo buscar transmiti-lo na mesma dimensão a todo o mundo (ainda
cito 1Jo 4:19).
Ainda
convém enfatizar que a extensão da minha visão do Reino de Deus
deve determinar o alcance da minha missão e do evangelho que estou a
pregar. Se creio que o Reino abrange todo o mundo, também minha
missão deve alcançá-lo.
Em
segundo lugar porque como Cristo foi enviado ao mundo, também a
igreja está debaixo do mesmo compromisso (Jesus disse isso em Jo
20:21). Jesus tinha uma missão a cumprir e nada o haveria de deter.
Neste senso de determinação e objetividade, o próprio Mestre
repassou sua missão de ganhar o mundo para o evangelho para seus
seguidores (lembro de Jo 13:15). É porque fui enviado que não
posso me esquecer da missão ao mundo.
Observe
que a minha consciência clara, específica e mundialmente abrangente
da missão é que estabelecerá o meu comprometimento com ela. Por
ter tal consciência não posso descuidar antes de tê-la alcançado
(veja ainda a instrução em 2Tm 4:5).
E
em terceiro lugar porque o senso de urgência demonstrado por Cristo
deve me influenciar de modo profundo (ainda Jesus em Jo 9:4). A
certeza de que o tempo estava para se cumprir em breve motivou Jesus
a ir sempre além e deve também mover minha igreja a continuar até
os confins da Terra (já é clássico Mc 16:15). É porque sei que o
tempo está próximo que não posso diminuir o alcance de minha
missão.
Esta
associação é fundamental: a convicção dos sinais dos tempos tem
que me impulsionar a fazer missões no mundo. Se estou vendo os
sinais acontecendo, preciso cumprir logo a missão (veja a
advertência em Lc 21:31).
Como
disse lá em cima, temos um compromisso com a expansão do Reino e do
Evangelho aqui. Mas sei que nossa missão é muito maior, por estar
na dimensão do amor enviado e urgente de Deus por este mundo todo.
Que nada nos faça abandonar a missão e que possamos repetir com
convicção: por Cristo vou até os confins da Terra.
(A
partir de uma postagem no sítio
ibsolnascente.blogspot.com em
12 de março de 2010)
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