Na
última quinta-feira voltei ao teatro para acompanhar mais uma
apresentação da Orquestra Sinfônica de Sergipe, mesmo com
protestos e greves, deu para chegar cedo e conseguir um bom lugar
para sentar: boa visão e boa audição garantidas, foi só esperar
começar a música.
E
frise-se, o
Teatro Tobias Barreto estava lotado. Inclusive com a presença de
muita gente nova que foi assistir a orquestra pela primeira vez – é
claro que o repertório da noite ajudava: Trilhas
de grandes filmes de Hollywood
– excelente proposta!
Com
o programa na mão – aquela folha de papel com letras pequenas num
papel escuro onde pouco ou quase nada se consegue enxergar e ler, no
teatro devidamente escurecido para privilegiar o palco!
Então,
com o programa na mão, chega o momento de curtir
o som!
– não sei se esta expressão se coaduna com a circunstância, mas
vai lá…
Iniciada
a apresentação, já com a presença dos músicos no palco, o
maestro Guilherme Mannis, que dirigiu a noite, deu as boas vindas,
fez os agradecimentos de praxe e comentou rapidamente o repertório
daquela noite. Assim, ouvimos:
-
Jaws suíte, do filme “Tubarão” – de John Williams. Um clássico eterno. Uma escolha acertada para iniciar a noite.
-
Também de John Williams: Jurassic Park’s theme. A melodia facilmente ajuda a começar a trazer imagens de cinema à mente – A noite promete!
-
De Bernhard Herrmann: Psycho suíte, do filme “Psicose”. Mesmo quem nunca assistiu a obra de Alfred Hitchcock consegue sentir o pavor provocado pelas cordas da orquestra.
-
Voltando a John Williams: Superman March, do filme “Super homem”. O comentário ouvido foi que até dava sentir Clark Kent chegando à Fortaleza da Solidão.
-
E mais: Raider March, do filme “Indiana Jones e os caçadores da arca perdida”. As aventuras do arqueólogo aventureiro são inesquecíveis.
(Um
intervalo – até para os músicos tomarem fôlego pois as peças
até aqui exigem muito deles)
Segue
o concerto:
-
Voltando a John Williams, Star Wars – Marcha imperial e Sala do Trono. Peça indispensável com direito até a sabre de luz no lugar da batuta do maestro.
-
Mais: Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban, suíte. Confesso que aqui eu me perdi um pouco durante a execução da música. Também essa franquia nunca foi muito do meu agrado.
-
E para terminar. De Kaus Badelt: Piratas do Caribe medley, do filme “A maldição do Pérola Negra”. É como se estivesse embarcando e navegando sob o comando do pirata Jack Sparrow.
-
Com direto ao bis: Aqui sem maiores dados, o tema do novíssimo Vingadores. Meu filho ao meu lado abriu um sorriso indisfarçável!
Mas
é mais que isso: é música!
Sem
mixagem, sem edição. Não eram efeitos sonoros ou tema subliminar.
A música está ali acontecendo. É por isso – também – que
gosto de ir ver a Orquestra ao vivo: a música, o som, a arte está
ali. E não há tecnologia que substitua a alma do artista.
E
deu até para entrar na música por ela mesma. Claro que num
repertório como o CineOrquestra as sensações, lembranças e
referências são tomadas pelo turbilhão de imagens que pipocam na
cabeça com a evocação dos respectivos filmes. É inevitável não
se deixar levar por Indiana Jones fugindo dos nazistas ou não
embarcar no Pérola Negra – e isso é muito bom!
Mas
repito: é mais que isso, é música! E foi possível um pouco mais
que lembranças de películas.
Foi
bom ouvir a música como arte singular. E até perceber detalhes e
nuances das próprias músicas que certamente passaram despercebidos
enquanto o foco ficava no enredo dos filmes – naturalmente.
Valeu
a noite no teatro.
Parabéns
Orquestra Sinfônica de Sergipe.
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