sexta-feira, 4 de maio de 2018

A LEI E A PROFECIA


No livro de Provérbios há um que diz de maneira direta: Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz (Pv 29:18 ARA). Foi com tal pano-de-fundo que me ocupei em refletir o quanto o conhecimento bíblico é - deve ser! - importante para nós.
Veja logo de interessante que neste verso estão alinhados a profecia (no original significando revelação ou instrução divina) e lei (o conjunto de ditames prescritos). A antiga e consagrada tradição e a novidade revigorante. O espírito e a letra.
Daí foi fácil ser conduzido a pensar nos profetas clássicos de Israel. Até por que eles viveram numa época em que a Lei moisaica já estava cristalizada - escrita - e a voz do Senhor continuava ativa - falada.
Os profetas eram homens profundamente comprometidos com Deus e sua Lei revelada: seu conhecimento, aplicação e contextualização. Mas também revestidos de uma paixão contagiante pelo Deus que falou e fala. Assim se faz profecia.
Se por um lado a alma e as emoções daqueles profetas estavam sensíveis ao contato espiritual com a revelação cotidiana, por outro, suas mentes permaneciam aguçadas para assimilar e compreender a essência da Lei.
Assim:
O alerta profético sempre foi no sentido de que ao abandonar a Lei, seu conhecimento e estudo sistemático, o povo correia risco de perecer (compare profecias como as de Os 4:6 e 6:3-6; Is 1:3; Ml 2:8-9; Dn 9:11-13 entre outras).
Foi o ardor profético que desafiou o povo a estudar, conhecer, investigar, aprender e seguir o que está estabelecido por Deus em sua lei (folheei mais na Bíblia em Ml 2:7 e 4:4; Is 54:13; Mq 4:2; Ag 2:11 e por aí vai…).
Assim diante de nós hoje também está a Lei e a profecia. Uma não pode subsistir sem a outra. Ou atinamos nossos ouvidos espirituais para ouvir as profecias e também renovamos nossa sede de conhecimento da Palavra, ou não teremos nenhum dos dois.
(Do Boletim dominical da PIBA em 29/04/2018)

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