Recebi
na semana passada um pequeno questionário sobre o tema da música e
da adoração nos cultos em nossa igreja. Antes do fim do dia pude
responder.
Deixe-me
adiantar logo que as respostas que dei foram ali apenas colocações
inicias sobre o tema, sem maiores explicações. Entendo que cada uma
das questões mereceria análises mais profundas.
Aqui
vou esticar um pouco a resposta original mesmo sem a pretensão de
esgotar o assunto. Vou insistir: é preciso aprofundamento e reflexão
ampla, sincera e despida de preconceitos para se encaminhar qualquer
resposta satisfatória.
1.
Você
gosta dos estilos musicais tocados na sua igreja?
Resp.
Em
geral gosto dos estilos, mas pode ser sempre enriquecido.
Acrescento:
Se
a questão se resume a gosto pelo estilo, então estamos no campo das
preferências pessoais. Para cada estilo há boa música e som ruim
(mas aqui também já vai mais discussão!). Cada estilo tem “jeito”
e sua aplicação. É preciso saber usar.
2.
Acha
que o estilo musical americano (worship) influenciou muito as igrejas
no Brasil?
Resp.
Sim. O estilo americano nos influenciou. Mas isso não é um
problema se for bem trabalhado.
Acrescento:
Todo
o nosso cristianismo evangélico nos chegou via nossos irmãos
norte-americanos, então logicamente é de lá que recebemos as
maiores influências. Mas como disse, isso não é um problema.
Pelo contrário, entendo que a troca de influências vai acrescentar
qualidade à nossa fé e culto.
3.
Você
gosta desse estilo ou prefere o modelo antigo?
Resp.
Os estilos podem conviver e contribuir mutuamente.
Acrescento:
Volta
ao ponto da preferência pessoal (já me referi a ele na primeira
resposta). Entendo que há riqueza na adoração quando colocamos
nossa alma nela. E sempre nossa alma é multifacetada. Além de
que, quando adoro a Cristo devo me achegar a ele em sintonia (termo
musical) com a sua multiforme graça. O antigo e novo são
indispensáveis.
4.
Você
acha que o worship é o estilo correto para adoração?
Resp.
O problema não é o estilo em geral, mas quem e como é trabalhado.
Acrescento:
Insisto.
Quem adora a Deus sou eu quando faço minha alma vibrar os acordes
divinos (continuo musical!) e não minha guitarra elétrica ou meu
órgão de tubo. Ponto. Com isso esclarecido vamos entender que o
conceito de “correto” quando se trata de adoração sempre é
cultural e historicamente circunstancial. Porém não posso
desleixar no uso do bom senso que o próprio Deus me deu.
5.
Nesse
estilo existem muitos espontâneos, você gosta?
Resp.
Todo espontâneo exige muito de quem lidera. Preparo espiritual /
técnico / sincronia, inclusive com demais lideranças e estruturas.
Há lugar para ele.
Acrescento:
Convém
lembrar que nosso culto por vezes chamado de “tradicional” é
herdado do movimento de Wesley (século XVIII) que privilegiou a
celebração espontânea em detrimento à liturgia fixada do culto
anglicano que ele conheceu. Ou seja, a adoração espontânea está
em nossa raiz. Com certeza em tais espontâneos sempre há riscos de
sustos, bobagens e até absurdos doutrinários. Mas ensaiando também
se pode fazer isso! O importante é se deixar ser conduzido pelo
Espírito Santo em todo e qualquer tipo de movimento e adoração.
E
deixe-me tangenciar algo mais. Disputa entre ministro de louvor e da
palavra é inaceitável, mata qualquer adoração e ofende a Deus.
Antes
de fechar este texto, vou repetir: Entendo que cada uma das questões
mereceria análises mais profundas. É preciso aprofundamento e
reflexão ampla, sincera e despida de preconceitos para se encaminhar
resposta satisfatória.
Estou
disposto ao debate e a reflexão para que Cristo seja sempre
glorificado.
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