Em seu
julgamento de Jesus, Pilatos lhe perguntou: Quid
est veritas? (Que é a verdade?) Pergunta esta que mereceu um silêncio por
parte de Jesus. Naquele contexto uma
definição de verdade talvez escapasse a objetivos filosóficos ou
teológicos. Ou talvez o quarto evangelista
desejasse remontar às palavras do próprio Jesus pouco antes, quando disse: eu sou ... a verdade (Jo 14:6). Mas o
fato nos chama a atenção: um conceito de verdade pode ter muitos vieses, e cada
um deles com suas implicações e desdobramentos, cabendo a um hermeneuta a
escolha.
Considerando
a Hermenêutica como a atividade humana que busca interpretar a realidade e
assim fornecer subsídios para que este ser humano possa se achegar à verdade e
dela usufruir a consistência; então dependendo de como for minha Hermenêutica,
assim poderei vislumbrar a verdade.
Nesta relação há uma sujeito analista/intérprete e um
objeto/interpretado e dependendo de quais critérios sejam estabelecidos, a
interpretação caminhará em um ou outro sentido e, logicamente, a verdade que
daí brotará, trará as feições destes critérios.
Se compreendo a Hermenêutica como uma atividade objetiva, terei uma
verdade objetiva. Se por outro lado, a
Hermenêutica configura-se como subjetiva, a verdade ser-me-á subjetiva.
O
trabalho objetivo de buscar e interpretar a realidade e estabelecer a verdade
conduzirá a se fazer ciência. Cujo
critério de validação é exatamente a possibilidade de o objeto ser captado
objetivamente, sem qualquer interferência do sujeito que busca conhecê-lo. A verdade está aí, disposta no mundo, como o
estão os objetos dados a serem investigados, cabe apenas ao investigador ser
capaz de fazer as perguntas certas e ouvir os dados que lhes são
apresentados. Neste caso a verdade
conhecida independe de quem a conhece, é sempre imutável e, mesmo que possa ser
questionada por diferentes pesquisadores, sempre apresentar-se-á como uma
verdade dada.
Por
outro lado, como se propõe a fazer a Hermenêutica de cunho religioso, o método
a ser adotado será o de uma investigação subjetiva, onde o sujeito
interpretador influenciará na pesquisa, já que suas premissas pessoais acabam
sendo projetadas para o objeto de pesquisa e, consequentemente, para a verdade
que dela emanará. A verdade não está no
objeto e por isto não cabe simplesmente procurar lá. A verdade está
essencialmente no ser humano que projeta seus valores e anseios para a
realidade, procurando dar-lhe significado, mesmo que isto implique numa negação
da realidade objetiva e uma projeção de desejos que serão divinamente revelados
e mediados.
Pensando
nos termos de L. Feuerbach: “A verdade é um sonho do espírito humano”. E este sonho continuará a instigar o ser
humano a conhecer-lhe sua verdadeira face.
Ou como ciência, ou como religião a verdade acompanhará o ser humano
apontando-lhe possibilidades e revelando-lhe a realidade.
A paz irmão Jabes gostei muito do seu blog estou te seguindo no g+ e seguindo o seu blog vou deixar os meus links aqui se quiser me seguir, e se quiser fazer parceria deixe um comentario.
ResponderExcluirhttp://esbocobibliapentecostal.blogspot.com.br/
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Querido em Cristo, que bom que gostou do Escrevinhando. Ele é feito para a glória de Deus e edificação dos irmãos.
ExcluirDei uma olhada nas suas páginas, parecem bem interessantes. Já os adicionei e sempre que possível darei uma lida.
Abs.