Todo sergipano que se preze sabe que na padaria se compra é pão Jacó. Sei que por aí a fora ele tem nomes variados e também, para falar a verdade, já ouvi muitas histórias sobre a origem deste nome especificamente nosso, mas não vou cuidar disso por agora. O que importa é que por aqui se conhece diversos pães: cilindro, doce, carrapicho, de forma, e outros. Contudo, o pão nosso de cada dia é o pão Jacó.
Quando qualquer mãe daqui diz para o filho:
— Menino,
vá na padaria e me traga meia dúzia de pão.
Com certeza ela está pensando no inigualável pão
Jacó. O mais é agregado, ou variação.
Com ele tudo vai bem. Parta-o e coloque manteiga, margarina, queijo,
tomate, salame, patê, carne, presunto, molho de frango, requeijão, alface. Ou
então geléia, doce de leite, goiabada... Ou nada disso, já que ele é uma
delícia até puro! Para acompanhá-lo pode ser chá mate gelado, café, suco de
qualquer coisa, chá quente, refrigerante, leite, iogurte e mais o que tiver.
Algumas poucas moedas já são suficientes para se
voltar da padaria com pelo menos um pão Jacó ('tá certo! Vou concordar que cada
dia ele fica mais caro!). Mas ainda é
alimento encontrado na mesa do rico e do pobre. Come dele a empregada e a patroa, o peão e o
engenheiro e toda criança aprende a gostar dele desde cedo.
Pode ser comido no café-da-manhã ou no jantar, mas
também não pode ser esquecido em nenhum outro momento em que a barriga acusa. Ele é bom a toda hora.
A versatilidade do pão é tanta que se poderia
escrever diversas laudas sobre ele. Não
vou fazer isso. Apenas tomá-lo como
parábola. E para isso quero me lembrar
das palavras de Jesus Cristo. Ele
declarou: Eu sou o pão da vida. Aquele
que vem a mim nunca terá fome (leia em Jo 6:35).
Ora, o que eu sei é que se o próprio Jesus
estivesse andando pelas ruas de Aracaju enquanto pregava sua mensagem e se
apresentava aos seus discípulos ele teria dito: eu sou igualzinho a pão Jacó. Todo mundo e qualquer um pode vir a mim e a
ninguém eu me nego. A todos ofereço
alimento para a alma. O rico e o pobre,
a empregada e a patroa, o peão e o engenheiro e toda criança deveria aprender a
gostar de mim desde cedo.
O mais é agregado, ou variação.
Você encontra
textos como esse no livro PARÁBOLA DAS COISAS
Conheça também
outros livros:
TU ÉS DIGNO – Uma leitura de Apocalipse
DE ADÃO ATÉ HOJE – Um estudo do Culto Cristão
Amei esse texto. Deus te abencoe!
ResponderExcluirObrigado, querida.
ExcluirQue bom que gostou.
A glória seja a Cristo: o Pão da Vida.
Abs.
Ótimo texto eu nem imaginava que em Sergipe esse tipo de Pão era chamado de Pão Jacó realmente em cada região ele é chamado e nomes diferentes aqui em São Paulo ele é conhecido por Pão Frances ou Pão de Sal
ResponderExcluirObrigado, querido. Realmente o pão nosso de cada dia chamamos de Pão Jacó - esse mesmo que aí em São Paulo é conhecido como Pão Frances.
ExcluirAbs.
Não sabia dessa, muito interessante!
ResponderExcluirPois é!!!
ExcluirAqui o pão é Jacó
Abs
Clara e oportuna a analogia do pão com o Mestre. Um alimento nobre, milenar, e tem a graça de alcançar todas as camadas. Vivo em uma área de periferia, onde a pobreza é acentuada e pelas nossas ruas empoeiradas passa diariamente o nosso "pãozeiro", vendendo pães de diversos tipos, principalmente o jacó que aqui chamamos francês... curiosamente, ao para a bicicleta para vender pão, em torno do pãozeiro sempre há um aglomerado de compradores de pão, crianças, senhoras, velhos... e ali eles começam o dia comprando pão e divulgando as notícias da comunidade... Muito oportuna a sua crônica!
ResponderExcluirObrigado pela colocação e contribuição na reflexão. Gostei da alusão ao "pãozeiro" - enriqueceu a reflexão. Que sejamos como "pãozeiros" que leva o Pão da Vida a todos.
ExcluirAbs.
Parabéns pelo Texto Jabes, confesso que me lebrou as pregações do Pastor Cláudio Duarte. Conseguiu dar o recado e de forma humorada. Além disso, ainda fez parábola como o Mestre.
ResponderExcluirObrigado querido.
ExcluirA glória seja unicamente ao verdadeiro Pão Vivo que desceu do céu.
Abr.
É vero, na grande metrópole do nosso Sergipe, Maruim, talqualmente, este é o nome dado ao nosso pão de sal e/ou francês pelo Brasil afora. E sua força, naturalidade e autenticidade nos seus "escrevinhandos", é de grande ajuda e até de formação para o nosso país, nosso nordeste, e em especial para o nosso amado SERGIPE D'El Rei.
ResponderExcluirObrigado querido.
ExcluirMaruim é certamente uma grande fonte de riqueza, cultura e história em nosso Sergipe. E a experiência cotidiano do pão Jacó nos faz sentir parte dela.
Abr.