sexta-feira, 3 de outubro de 2014

UMA NOVA ALIANÇA

A história do relacionamento entre o Deus Criador e as suas criaturas humanas é a história dos pactos e alianças feitas entre eles. Tais alianças estão, como regra, associadas ao derramamento de sangue que serve tanto como testemunho como sinal entre as partes (este é o sentido de Hb 9:22).
No NT, os evangelistas e Paulo destacam que, por ocasião da celebração da última ceia entre Jesus e seus discípulos, o Mestre teria atribuído um valor simbólico e memorial ao cálice e seu conteúdo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue (1Co 11:25).  Nesta frase reconhecemos o entendimento de Jesus que uma antiga aliança estava se esgotando com sua obra e que, consequentemente, uma nova estava sendo feita entre Deus e seu povo – agora a igreja; e mais uma vez tendo o elemento do sangue atestando a celebração da aliança.
Mas o que convém destacar aqui é a certeza de que uma antiga aliança era incompleta e imperfeita e, desta forma, uma nova deveria ser estabelecida (volte a Hb 8:6-7).  Comparemos as duas alianças: a antiga estabelecida no Sinai e a nova no Calvário.
A antiga aliança era hereditária – a nova exige adesão.  Se no pacto estabelecido com Moisés a garantia foi dada pela promessa aos patriarcas e seus descendentes (Êx 3:15) – o que a limitava aos filhos de sangue natural; na nova feita com Jesus ela estará ao alcance de todos os que o receberem como Cristo (Jo 1:11-13).
A antiga aliança veio baseada na observância da lei – a nova nos chegou pela graça alcançada pela fé. Deus impôs aos filhos de Israel a sua lei que foi dada em pedra (Êx 24:12); mas aos da nova aliança ele gravou no coração pela sua graça a sua vontade amorosa (2Co 3:3 – Ef 2:8).
A antiga aliança, finalmente, era terrena e passageira – a nova será celestial e eterna.  O sangue do testemunho antigo era de animais e precisava ser reapresentado constantemente; porém quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas, e obteve eterna redenção (Hb 9:11-12 – continue lendo até o final do capítulo).
Com esta gloriosa certeza – a de que já fomos alcançados e fazemos parte de uma nova aliança com Deus – é que a igreja se reúne e vive hoje para celebrar a memória do sangue do pacto que nos aponta o cálice ainda hoje.
Vamos pois celebrá-lo para sua glória.  Amém.

(Este texto apareceu pela primeira vez no sítio ibsolnascente.blogspot.com em 13 de fevereiro de 2009)

2 comentários:

  1. Bom dia querido Jabes! Muito bom fazer parte daqueles que vivem na graça de Deus e ter a felicidade de ter essa nova aliança que foi feita na cruz! Deus abençoe.

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    1. Oi querido,
      Graças a Deus por ele ter feito tal aliança conosco.
      Abs.

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