A nossa vida – minha e sua, assim como foi a dos
judeus antigos – vive às vezes de altos e baixos. Umas vezes estou no pico, lá em cima e outras
no fosso, lá em baixo. E de resto, na
maioria do tempo, vivo a normalidade do cotidiano. E, ao contrário dos extremos quando sou
levado a buscar mais a Deus, é nesta rotina do cotidiano que sou desafiado a me
voltar ao Mestre.
Veja o que a Bíblia também diz sobre isto.
No prosaico verso de Jo 7:53 é dito simplesmente
que depois de os guardas se admirarem de Jesus e não o prenderem, cada um foi para sua casa. Em diversas ocasiões também o próprio Jesus,
após realizar um milagre, simplesmente instrui: ...vá para sua casa (veja por exemplo: Mt 9:6 e Lc 8:39). Fica a lição: a verdadeira vida cristã se
vive é no cotidiano da casa. Lá onde a
vida prossegue rotineiramente é que o Mestre quer que se viva a inabalável fé.
Em Pv 30:7 o sábio pede a Deus que lhe dê, não
fortuna ou sacrifícios extremos, mas o básico para viver, pois é nesta condição
que deve florescer a sua capacidade de confiar no Senhor. Convém lembrar que estas palavras se casam
perfeitamente com a Oração Modelo: o pão
cotidiano nos dá hoje... (Mt 6:11).
Um outro exemplo interessante são as palavras que
Jesus dirige a Tomé: Bem-aventurados os
que não viram e creram! (Jo 20:29).
Permitindo-me a extrapolação, é possível compreender que Jesus está
bendizendo o fiel que deposita sua fé no Senhor mesmo que nada de extraordinário
lhe aconteça – o fiel que no cotidiano sabe reconhecer a Jesus como Senhor meu e Deus meu (verso 28).
Vamos pedir a Deus que nos abençoe e nos faça ser
fieis em nosso cotidiano; e ele assim o fará.
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