terça-feira, 3 de abril de 2012

Parábola das coisas – a vela


Tanto a figura da vela em si quanto o seu desdobramento natural – a figura da luz – foram citadas por Jesus.  O que quer dizer logo de saída, que escrever uma parábola sobre a vela é decidir caminhar por trilhas já percorridas pelo próprio Mestre.  Mas, mesmo assim, pretendo ir a ela: a parábola da vela.
Antes de prosseguir, para que se possa conferir nas palavras evangélicas, eis aí as citações: Jesus se apresenta como a luz em Jo 9:5; compartilha esta conceituação com seus discípulos em Mt 5:14; e observa que não faz sentido acender uma vela e deixá-la em baixo de uma vasilha em Lc 11:33.
Voltemos a parábola.  Com o perdão do trocadilho: quero olhar para a vela e vê-la a partir das indicações iniciais do próprio Cristo, mas também deixar as ideias vaguearem um pouco a partir da própria luz.  Está claro que há verdades que são óbvias, e algumas vezes são estas  as lições mais marcantes de qualquer parábola.  Ora são tais lições que procuro aqui.
A primeira verdade óbvia da vela e de sua luz é que ninguém a acende apenas para olhar para ela própria.  Sempre o objetivo é iluminar algum lugar, alguma coisa, ou alguém.  E tem mais, como conselho oftalmológico, olhar diretamente para a fonte da luz não é o mais recomendável.  Assim a luz que há em mim deve iluminar este mundo tenebroso e permitir aos que possam ser alcançados por tal brilho enxergarem o caminho da vida que é Jesus.
Também me parece óbvio que a luz se expande em todas as direções, e penetra através que qualquer fresta que encontre em seu caminho.  Sei que algumas fórmulas e exposições da Física podem explicar cientificamente tal fenômeno, mas aqui não é o caso e nem esta a minha área.  O que me interessa é apenas constatar a capacidade da luz de ir adiante e encontrar um jeito de mostrar sua presença.  Isso me diz que algumas vezes vou precisar me espremer e passar por pequenas frestas para continuar indo adiante.
Há mais uma constatação igualmente óbvia que vou apontar.  A luz sempre vence a escuridão.  Por mais que o lado sombrio seja forte, o brilho de uma simples vela é capaz de se fazer notar.  A mesma coisa dita de outra maneira: não há breu, por mais denso e fechado que seja, que não seja vencido pela luz discreta da mais singela vela.  Ou seja, quando a luz eterna está em mim, as trevas jamais terão poder ou possibilidade de me vencer ou abafar. 
É claro que sobre vela e luz muitas outras percepções igualmente óbvias eu poderia listar nesta parábola, mas por agora estas já me satisfazem.  E quero concluir orando para que Jesus me faça resplandecer neste mundo com força e persistência a sua luz divina.

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