sexta-feira, 2 de julho de 2021

TEORIA E PRÁTICA COM JESUS

  


A passagem de Jesus por nossa vida é sempre uma oportunidade de manifestação da obra de Deus.  E quando Deus age em nós, isso abala as estruturas do mundo que nos rodeia.

A ação do Senhor sempre escapa às definições humanas – vai além.  E são duas maneiras diferentes de conhecer e experimentar a vida cristã: uma é teórica e conceitual e outra prática e vivencial.  Não que elas sejam antagônicas ou contraditórias, elas devem ser complementares (considere o que diz Os 6:3).  Mas também é verdade que o Senhor é quem estabelece os critérios tanto para uma como para a outra (compare com o que diz Paulo em 1Co 1:27-31).

 

Pensando nessa introdução, considere o episódio da cura de cego de nascença narrado no Evangelho (em Jo 9) e a seguinte reação dos líderes judeus.

 

Os fariseus e o que fora cego estavam em lados opostos: enquanto os primeiros se satisfaziam apenas com as teorias humanas; o segundo expunha uma experiência prática de vida.

Enquanto o mundo busca respostas que satisfaçam a sua lógica científica; os que foram alcançados pela graça apresentam uma vida marcada pela manifestação da obra divina.

A lógica dos fariseus nos pergunta quem nos curou não por que deseje se encontrar com quem detém todo o poder, mas para enquadrá-lo e subjugá-lo ao seu modelo.  

O mundo não busca um relacionamento com aquele que pode fazer um cego de nascença milagrosamente ver; ou quer saber como pode alguém trazer à existência aquilo que não existe apenas pelo poder de sua palavra (confira Hb 11:3).

A formulação teórica que o mundo procura pode até ser importante na busca pelo conhecimento verdadeiro de Deus; mas com certeza não é suficiente.

A Bíblia fala em diversas passagens que por ser Deus um ser pessoal, a única maneira de conhecê-lo é tendo uma experiência também pessoal com ele.

Aqui reside o problema do questionamento farisaico: eles não querem se relacionar com quem pode curar um cego e nem muito menos se comprometer com ele, querem apenas satisfazer sua curiosidade intelectual e manter intacta sua construção teórica religiosa.

Porém a resposta apropriada ao questionamento é a que foi dada pelo que fora cego; exatamente por ele viver uma experiência real com quem tem todo o poder.  Este é o sentido das palavras dele:

 

Eu posso até não ter respostas a todas as suas questões teóricas,
mas com certeza eu sei como eu era e o que ele fez comigo.
(Jo 9:25)

 

Somente uma vivência real com Cristo pode nos capacitar para responder de maneira adequada sobre quem nos curou e quem faz a obra de Deus ser operada em nós.  É preciso ter experiências com Cristo e com o seu Espírito para conhecê-lo.

 

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