Num contexto de tensão e expectativa, em que de certo modo todos se mostravam apreensivos pelo que estava por ocorrer, Jesus reuniu seus discípulos para uma última celebração íntima.
Era o tempo da Páscoa dos judeus e Jesus então celebrou aquela ceia pascoal lhe dando novos contornos e significados.
Se para o povo judeu a Páscoa celebrava a libertação do Egito, Jesus atribuía para si os elementos daquela celebração.
Os Evangelhos contam que enquanto comiam Cristo declarou: isto é o meu corpo e isso é o meu sangue (leia em Mc 14:22-24). E com isso revestiu de simbolismo o pão e vinho presentes na ceia pascoal.
Quanto a isso pelo menos dois destaques precisam ser feitos: Jesus falou de uma nova aliança (em Mc 14:24). Esta nova aliança – ou acerto e pacto – entre Deus e os seres humanos superava a antiga feita no Sinai pois agora seria selada com o sangue do próprio Filho de Deus que seria derramado.
Mas também Jesus se referiu da expectativa: ... até aquele dia (Mc 14:25). Aquela celebração deveria apontar para a espera e certeza de que chegaria o dia do estabelecimento final e definitivo do Reino de Deus, Reino este que ele já tinha anunciado desde o início do seu ministério (confira lá em Mc 1:15 e Mc 13:24-27).
A celebração da ceia com os discípulos evidenciava a proposta de Jesus e do seu ministério. O chamamento de Jesus ao discipulado era um desafio a se estabelecer uma nova aliança com Deus e viver da certeza do Reino de Deus.
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