Com a velhice de Davi, Adonias, seu quarto filho, articulou uma manobra política para assumir o trono em lugar de seu pai, sem que o rei soubesse (leia o desenrolar dessa traição em 1Rs 1:1-27).
Quando Davi soube disso, ele chamou Bate-Seba, mãe de Salomão, o sacerdote Zadoque, o profeta Natã e Benaia, um dos seus generais e reafirmou sua intenção:
O meu filho Salomão me sucederá como rei e se
assentará no meu trono em meu lugar.
(1Rs 1:30)
Assim, com instruções diretas (1Rs 1:32-35), estes assessores reais desautorizaram qualquer pretensão de Adonias e ungiram a Salomão como o futuro rei de Israel, conduzindo-o ao trono de Jerusalém.
Quando Adonias e seus seguidores souberam da unção dada a Salomão se acovardaram e se dispersaram (1Rs 1:49), mas o próprio Adonias foi se agarrar nas pontas do altar.
Como impostor ao trono, ele parecia reconhecer que aquele lugar não lhe era devido e que só lhe restaria apelar para que a clemência do Senhor poupasse a sua vida – o que num primeiro momento até que aconteceu, porém a sua própria presunção o traiu e o levou à morte (1Rs 2:23).
Com Salomão estabelecido no trono, Davi o chamou para uma última conversa, assumindo mais que o papel de rei preparando seu sucessor, mas sim o de um pai instruindo seu filho como se portar diante da vida:
Estou para seguir o caminho de toda a terra, por
isso seja forte e seja homem. Mantenha-se
no que o Eterno, o seu Deus, exige: ande nos seus caminhos e obedeça aos seus
decretos (...) e o Eterno manterá a promessa que me fez.
(1Rs 2:2-4)
E com estas instruções finais, o texto bíblico conclui a narração da vida de Davi afirmando que ele descansou com os seus antepassados e foi sepultado na Cidade de Davi (1Rs 2:10).
O que viria daí em diante extrapolaria em muito a vida deste servo de Deus, fazendo-o ponto de referência tanto para reis como para toda a nação escolhida por Deus e apontando para Cristo, o ungido Filho unigênito de Deus para todos as nações.
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