sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

SOBRE O PÃO E A CARNE


 

Diante da crescente oposição que Jesus enfrentou em Jerusalém, ele decidiu deixar a Judeia para dar prosseguimento ao seu ministério.

Já na Galileia, uma grande multidão novamente cercou Jesus, o que ofereceu a oportunidade para a realização de diversos milagres e sinais entre o povo.  Um deles é a multiplicação de pães (citada em Jo 6:1-15), quando a partir de apenas cinco pães e dois peixinhos, Jesus alimentou uma multidão citada em cerca de cinco mil homens.

É então que Jesus mais uma vez usa do contexto para ensinar sobre quem ele verdadeiramente é e qual a sua missão.

Para a multidão faminta, Jesus proporcionou o pão material que tirou sua fome física.  E Jesus mesmo reconheceu que esta seria a motivação principal que estaria atraindo seus ouvintes (confira em Jo 6:26). 

O Mestre nunca deixou de atender às necessidades daqueles que o procuravam, mas isso é pouco.  O que Jesus estava oferecendo é muito maior e mais valioso.

Assim como o maná providenciado pelo próprio Deus aos filhos de Israel no deserto, o pão material é perecível, mas o pão eterno que desceu dos céus e estava sendo ofertado, esse sim, era eterno (em Jo 6:27).

Tais palavras causaram maiores dúvidas nos seus ouvintes: que faremos? (6:28).  Ao que Jesus é enfático na resposta e por, pelo menos, duas vezes não deixa dúvida: Eu sou o Pão (em Jo 6:35 e 6:48).

Então para receber a vida eterna que Jesus oferece é preciso recebê-lo, ir a ele, crer nele (considere Jo 6:47).  Nas suas palavras: comer sua carne (considere a citação de Jo 6:51-58) para que somente assim tenha vida.

Mas que não se confunda o físico-temporal com o espiritual-eterno (como fez Nicodemos em Jo 3).  O tema aqui é espiritual e assim deve ser entendido e aceito.

 

 

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