Ainda em Jerusalém, no contexto da discussão sobre o poder e a missão de Jesus, o evangelista João nos conta que o próprio Mestre apresentou o seu relacionamento com o Pai como o argumento definitivo para justificar suas ações e palavras.
Dois pontos são apresentados por Jesus. Ele fala de sua intimidade única com o Pai e do amor que aquele o dispensa (confira em Jo 5:19-20).
Esta verdade é fundamental para o evangelista: Deus-Pai e Jesus – o Deus-Filho – são essencialmente a mesma divindade, e por isso gozam de exclusivo um inter-relacionamento que há entre eles mesmos.
E sobre a relação Deus-Pai-Filho, três considerações: a) João havia enfatizado isso no seu prólogo (veja Jo 1:1-5) e sempre vai retomar o tema em todo o Evangelho (como por exemplo, o diálogo com Tomé em Jo 14:5-11); b) o testemunho que importa para Jesus é o do Pai, pois é em seu nome que ele veio (compare os versos 37 e 43 do capítulo 5); e c) é interessante: o que muito incomodou os líderes judeus é a essência da verdade – Jesus, ao se comparar ao Pai, fez-se igual a Deus (leia 5:18).
Então é na base deste relacionamento entre Jesus e o Pai que o resgate do ser humano é apresentado: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna (Jo 5:24).
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