O
texto bíblico diz que o patriarca Noé executou as ordens exatamente
como Deus predeterminou; então o dilúvio aconteceu; e somente
aqueles que entraram na arca foram salvos.
Depois
de passado o dilúvio com suas chuvas e todo o movimento das águas,
Noé e sua família puderam descer da arca e liberar os animais que
com eles foram preservados.
Aqui
faço o destaque inicial: depois que saiu da arca a primeira
previdência de Noé foi construir um altar e sobre ele oferecer em
holocausto animais e aves puros. Diante de algo tão extraordinário,
a atitude mais necessária e primordial a se tomar seria apresentar
sacrifícios de louvor ao Deus salvador.
Mais
tarde o salmista haveria de conclamar a todos a repetirem o gesto:
Que
eles ofereçam sacrifícios de ação de graças e anunciem as obras
com cânticos de alegria
(Sl 107:22).
A
fumaça produzida pela queima da oferta subiu até Deus: O
Senhor sentiu o cheiro
(Gn 8:21). Posso visualizar a cena em que Noé constroi um altar,
sobre ele coloca as vítimas, sacrifica-as e acende o fogo sobre o
holocausto. Mesmo não fazendo uma leitura literal da narração, é
possível continuar visualizando a fumaça subindo e Deus, do seu
trono celeste, percebendo o culto que a ele era prestado.
É
esta percepção divina – e sua reação à mesma – que vai
merecer maior destaque. O texto diz que para Deus isso foi como um
cheiro suave (ou aroma agradável).
Claramente
vejo no texto que o culto e adoração oferecida por Noé ultrapassou
os limites terrenos e, mais que isso, o holocausto queimado no altar
agradou a Deus.
A
expressão cheiro suave vai ecoar mais adiante na narrativa bíblica
(na lei em Êx 29:18; na profecia em Ez 20:40-41 quando Deus declara
aceitar o culto de Israel como um incenso aromático e Paulo em Ef
5:2 vai se referir ao sacrifício de Cristo como um aroma agradável
oferecido a Deus).
O
que aprendo no episódio do altar erguido por Noé e com o holocausto
queimado é que tal adoração foi satisfatória para Deus. Depois
do ato punitivo de Deus com o dilúvio, agora o coração do Senhor
se mostra apaziguado e satisfeito por que aquele homem fiel e
obediente estava lhe oferecendo um culto de gratidão, sincero e
santo.
O
cheiro que subiu do altar levou a adoração de Noé até a morada
divina e lhe tocou profundamente. Sabemos que Deus é imutável
(leia em Ml 3:6), mas a adoração de Noé satisfez de tal maneira o
coração de Deus que ele se comprometeu em jamais destruir os seres
vivos com outro dilúvio:
Estabeleço
uma aliança com vocês:
Nunca mais será ceifada nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio;
nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra.
(Gn 9:11)
Nunca mais será ceifada nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio;
nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra.
(Gn 9:11)
Com
a fumaça que subiu da adoração de Noé, Deus se agradou e decidiu
se pactuar com suas criaturas. O final desta história é a citação
de que um sinal foi posto no céu como demonstração visível
daquilo que o Senhor tinha falado (registrado em Gn 9:17).
Leia a segunda parte aqui (link - 2ª parte)
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