Quarta
parte das considerações sobre o livro Compromiso y Misión de Orlando Costas, publicado em 1979.
Um
outro aspecto que Orlando Costas nos apresenta é a missão como
mobilização. Enquanto que outros aspectos da missão produzem
ênfases teológica (ou espiritualizantes) da missão, pensar na
missão como mobilização traz à tona características mais
gerenciais da missão da igreja e do seu compromisso com a vida e as
pessoas que pretende alcançar na sua missão. Embora se compreenda
que em última análise quem mobiliza a igreja é o Espírito Santo a
idéia de mobilização implica numa organização dos recursos
humanos e materiais de que se dispõe para o cumprimento da missão.
O
projeto de Deus para o mundo é
Criar uma
nova humanidade mediante a fé em seu filho Jesus Cristo e o poder do
Espírito, produzir toda uma nova ordem de vida mediante seu governo
redentor e justo por meio do Espírito e transformar totalmente a
história e o cosmos pela ação escatológica do Espírito na
segunda vinda de Cristo (p. 67).
O
aspecto mobilizador da missão visa criar as condições objetivas
para a concretização do projeto de Deus para o mundo. Isto implica
inicialmente numa conscientização que desperta a consciência
“evangelística do povo de Deus” (p. 64). O passo seguinte é a
análise da situação vivencial do povo e da perspectiva histórica
da comunidade que se almeja alcançar com a mensagem do evangelho.
Daí planejamento, coordenação e avaliação completam o ciclo de
cuidados como a mobilização da missão.
Costas
observa que para garantir um processo eficaz de mobilização deve-se
considerar a necessidade de haver uma transformação mental que
retire da liderança a responsabilidade da missão transportando-a
para o corpo da igreja; mas também é necessário uma ação
sacrificial que reordene as prioridades e uma fé abarcante que
faça-se crer que o Deus ressuscitou a Jesus Cristo dos mortos é o
mesmo que chama a igreja a fazer discípulos.
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