Falar sobre o Cordeiro de Deus em sua
relação com a graça é trazer para o cerne de nossa fé e nossa teologia o tema
central do Apocalipse – que é em última análise o livro mais festivo e mais
exuberante de todo o NT.
Digno é
o Cordeiro
que foi morto
de receber poder, riqueza,
sabedoria, força,
honra, glória e louvor!
(Ap 5:12)
que foi morto
de receber poder, riqueza,
sabedoria, força,
honra, glória e louvor!
(Ap 5:12)
Mas, o que implica para nosso
cristianismo cotidiano a centralização no Cordeiro de Deus? Pense comigo:
(1) Ter o Cordeiro de Deus como
centro de nossa doutrina nos faz saber e crer que ELE tira o pecado do mundo
(João Batista apresentou Jesus assim em Jo 1:29). Sendo que o Cordeiro tira todo o pecado então
não há porque se guardar mais mágoas ou traumas em nossa existência. Quem na sua vida ainda se sente preso a dores
espirituais ou emocionais do passado e do presente é por que não experimentou o
que o Cordeiro realmente significa.
(2) A presença do Cordeiro entre
nós é a afirmação de que Deus desejou ser humano. Ao se fazer história o Eterno quis ser como
cada um de nós, vivendo nossa história e experimentando nosso cotidiano (veja
que Jesus ensinou algo parecido na oração modelo quando pediu que viesse a nós
o seu Reino em Mt 6:10). Querer fazer de
fieis semideuses ou super-homens é desprezar o Cordeiro de Deus e sua obra em
nossa vida cristã.
(3) Na obra do Cordeiro, e em
especial no seu sacrifício, estão demonstrados simultaneamente o amor e a
justiça de Deus. Não há – e não pode
haver – antagonismo entre ambos os aspectos da divindade. Na cruz, o Cordeiro foi a expressão máxima do
amor e da justiça manifesta de Deus. Pregar um esquecendo-se ou outro, seja qual
for a argumentação, é esvaziar o Cordeiro e torná-lo incoerente.
(4) E finalmente trazer o Cordeiro
para o centro de nossa fé é reafirmar que o céu é mais que um pressuposto
teórico ou escape psicológico, é a certeza de que ele é um lugar acolhedor e
seguro – é a casa do Pai – e o lugar onde cumpriremos nosso destino eterno
(veja as palavras de Jesus em Jo 14:1).
Com certeza a Graça não é de
graça, custou o sangue precioso do Cordeiro, mas foi exatamente por este sangue
que hoje vivemos sob a tutela da graça.
(A partir de uma reflexão publicada no sítio ibsolnascente.blogspot.com
em 25 de junho de 2009)
Amém!!! Crescemos aprendendo aquele argumento de que "Deus é Amor, mas também é Justiça", parecendo entender que ora Ele era um, ora outro... Glórias a Ele, pois Deus é Amor E Justiça o tempo todo!!!
ResponderExcluirGlória a Deus sim!!! Ele é amor e justiça o tempo todo. Ele não pode se contradizer. Deus exerce a sua justiça através do seu amor e demonstra seu amor fazendo justiça.
ExcluirMais uma vez: Glória a Deus.