Passada uma semana da tragédia que vitimou mais de setenta pessoas
ligadas à Associação Chapecoense de Futebol – e a comoção que se seguiu – e
para que também a dor não caia na vala comum do esquecimento; quero publicar
aqui este texto que escrevi em junho de 2010, no ensejo da Copa do Mundo de
Futebol ocorrida naquele ano na África do Sul.
Com ele eu me solidarizo com os que choram (Rm 12:15), acreditando porém
que relembrar motivos de celebração pode ajudar neste momento de perda e dor; orando
ainda para o Senhor confortar os corações enlutados.
Para a
turma do futebol, começa hoje a Copa do Mundo.
Serão mais de sessenta jogos, transmitidos pela TV, com direito a
cobertura jornalística completa, Internet, twitter e outro tanto volume de
informações.
Antes,
contudo que a bola começasse a rolar, o assunto que ocupou estes noticiários
foi a própria bola em si. Criada pela
patrocinadora da Copa, a bola oficial gerou polêmica pelo seu formato e
comportamento. Para alguns atletas a
novidade é interessante, mas para muitos só merece críticas.
Apelidada
de Jabulani, a bola da Copa possui 11 cores diferentes. O nome da bola significa
"celebrar", esta é uma palavra da língua Bantu Zulu, um dos 11
idiomas oficiais da África do Sul.
E é
neste ponto que quero refletir aqui.
Mais que uma guerra – apesar de alguns quererem ser guerreiros – ou que
uma oportunidade de afirmação nacional – e sei que vão querer tirar proveito
disso – a Copa se propõe a ser um evento de celebração – embora também saiba
que no fundo hoje é mais uma grande promoção comercial e econômica.
Jabulani
– celebrar – me faz pensar no tão conhecido Salmo 100. Este sim, é celebração de verdade. Veja o que ele diz sobre celebração.
Celebrai com júbilo ao Senhor,
todas a terras.
todas a terras.
O
verdadeiro espírito de celebração é devido somente ao Senhor – e na sua
presença há plenitude de alegria (veja também o Sl 16:11). O júbilo (alegria festiva e esfuziante) é a
maneira própria do servo do Senhor manifestar sua aclamação na presença de
Deus. E isto é devido por todos os
habitantes da terra (o Sl 150 fala em todo ser que respira).
O verso
dois acrescenta o que deve seguir à celebração verdadeira: servi ao Senhor com alegria.
A celebração do servo do Senhor é sempre acompanhada de um espírito de
serviço ao Senhor. Os cânticos devem
gerar em mim – o adorador celebrante – uma atitude de submissão e serviço ao
Senhor, pois quem celebra e adora, serve e obedece (veja o grande mandamento em
Mt 22:37-38).
Sabei que o Senhor é Deus (verso
três). Celebro ao Senhor e isto me leva
a conhecê-lo muito mais. Sendo o inverso
também verdade: à medida que o conheço e o celebro por seu grandes feitos, faço
crescer dentro de minha alma do desejo por conhecê-lo mais ainda (como gosto de
Os 6:3!).
E
prossegue o Salmo: quem celebra ao Senhor e o serve também é levado a buscar a
sua presença, a entrar por suas portas com gratidão. Celebração verdadeira que me faz aclamar sua
glória, também me atrai para o interior de sua casa, da sala sagrada do seu
trono. É o lugar perfeito para se
celebrar (é por isso que o Sl 122:1 fala em alegria por ser chamado à Casa do
Senhor).
Agora a
celebração chega ao seu ponto mais alto:
Pois o Senhor é bom
e o seu amor leal é eterno;
a sua fidelidade permanece
por todas as gerações.
e o seu amor leal é eterno;
a sua fidelidade permanece
por todas as gerações.
Esta é
a Jabulani de verdade. Nada contra a
bola ou a Copa (na medida do possível vou até assistir alguns jogos); mas
celebração é com o Salmo 100. Que ele
seja o nosso lema.
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