A
história do relacionamento entre o Deus Criador e as suas criaturas humanas é a
história dos pactos e alianças feitas entre eles. Tais alianças estão, como
regra, associadas ao derramamento de sangue que serve tanto como testemunho
como sinal entre as partes (este é o sentido de Hb 9:22).
No NT,
os evangelistas e Paulo destacam que, por ocasião da celebração da última ceia
entre Jesus e seus discípulos, o Mestre teria atribuído um valor simbólico e
memorial ao cálice e seu conteúdo: Este
cálice é a nova aliança no meu sangue (1Co 11:25). Nesta frase reconhecemos o entendimento de
Jesus que uma antiga aliança estava se esgotando com sua obra e que, consequentemente,
uma nova estava sendo feita entre Deus e seu povo – agora a igreja; e mais uma
vez tendo o elemento do sangue atestando a celebração da aliança.
Mas o
que convém destacar aqui é a certeza de que uma antiga aliança era incompleta e
imperfeita e, desta forma, uma nova deveria ser estabelecida (volte a Hb
8:6-7). Comparemos as duas alianças: a
antiga estabelecida no Sinai e a nova no Calvário.
A
antiga aliança era hereditária – a nova exige adesão. Se no pacto estabelecido com Moisés a garantia
foi dada pela promessa aos patriarcas e seus descendentes (Êx 3:15) – o que a
limitava aos filhos de sangue natural; na nova feita com Jesus ela estará ao
alcance de todos os que o receberem como Cristo (Jo 1:11-13).
A
antiga aliança veio baseada na observância da lei – a nova nos chegou pela
graça alcançada pela fé. Deus impôs aos filhos de Israel a sua lei que foi dada
em pedra (Êx 24:12); mas aos da nova aliança ele gravou no coração pela sua
graça a sua vontade amorosa (2Co 3:3 – Ef 2:8).
A
antiga aliança, finalmente, era terrena e passageira – a nova será celestial e
eterna. O sangue do testemunho antigo
era de animais e precisava ser reapresentado constantemente; porém quando Cristo veio como sumo sacerdote dos
benefícios agora presentes, não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas
pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas,
e obteve eterna redenção (Hb 9:11-12 – continue lendo até o final do
capítulo).
Com
esta gloriosa certeza – a de que já fomos alcançados e fazemos parte de uma
nova aliança com Deus – é que a igreja se reúne e vive hoje para celebrar a
memória do sangue do pacto que nos aponta o cálice ainda hoje.
Vamos
pois celebrá-lo para sua glória. Amém.
(Este texto apareceu pela primeira vez no
sítio ibsolnascente.blogspot.com em 13 de fevereiro de 2009)
Bom dia querido Jabes! Muito bom fazer parte daqueles que vivem na graça de Deus e ter a felicidade de ter essa nova aliança que foi feita na cruz! Deus abençoe.
ResponderExcluirOi querido,
ExcluirGraças a Deus por ele ter feito tal aliança conosco.
Abs.