A OFERTA DA VIÚVA – Parte 3
Antes
de continuar a refletir a partir da oferta da viúva observada por Jesus,
permita-me fazer uma pequena digressão e, sem a pretensão de esgotar o assunto,
embasar mais a nossa reflexão examinando qual a vontade de Deus para cada um de
nós.
Para
isso gostaria de tomar como base a carta de Paulo aos cristãos de
Tessalônica. Nela encontramos claramente dois direcionamentos da vontade
de Deus para a igreja.
1.
"A vontade de Deus é que vocês sejam santificados" (1Ts 4:3).
Deus tem como objetivo para a vida de cada um dos seus servos uma existência de
santificação; sem a qual ninguém o verá (confira em Hb 12:14). Ou seja,
ser exatamente como ele é (em Levítico várias vezes e em 1Pe 1:16
explicitamente).
Isso
traz algumas implicações, a saber: primeiramente é preciso estabelecer
prioridades: Jesus determinou em Mt 6:33 que o seu Reino e justiça ocupassem o
primeiro lugar. Mas também se faz necessário sair do aconchego e da zona
de conforto para viver o evangelho em sua plenitude e até, se preciso, renegar
pai e mãe, aos quais devemos honra (veja Lc 14:26). Certamente não haverá
santificação sem renúncia e disposição ao sacrifício voluntário. Não
posso me esquecer que Jesus colocou como condição ao discipulado a negação das
demandas pessoais e o assumir da cruz (considere para sua vida Mt 16:24).
2.
"Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de
Deus" (1Ts 5:18). A vontade de Deus é claramente que cada homem e
mulher – suas obras primas – vivam e existam para o seu louvor e glória.
E isso é mais que apenas um convite (mesmo no Sl 95:1).
Veja
como este aspecto da vontade de Deus para minha vida é expresso nos páginas
bíblicas: o Livro dos Salmos apresenta em seu último verso uma ordem direta:
tudo o que é vivo e respira deve louvar ao Senhor (é o Sl 150:6), e isso não é
opção, é mandamento sagrado! Além do mais, Paulo instruiu a igreja a
manter como tema e conteúdo de toda fala, conversa e pensamento aquilo que
sirva de louvor ao Senhor (leia com atenção Cl 3:36).
Porém
sem dúvida a mais importante citação quando se trata da vontade de Deus sobre a
vida de adoração e louvor é Is 43:7 – "... a quem criei para minha
glória". Fui criado para a exclusiva glória de Deus. A vontade
do Senhor para minha vida é ser um instrumento de seu louvor e glória, e diante
desta prerrogativa todas as outras perdem valor e importância: a minha própria
subsistência ou vontade tem que se submeter à vontade divina e servir a sua
exaltação.
Hoje
posso entender que a viúva pobre que Jesus observou entregando a sua oferta
naquele dia tinha uma convicção muito clara da vontade de Deus em sua
vida. E antes de prosseguir no estudo do caso, que eu possa já hoje fazer
refletir a vontade Deus sobressaindo sobre a minha, para a sua glória.
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