Leia a primeira parte dessa reflexão – link
Deus havia prometido a Davi que não faltaria sucessor ao seu trono (1Rs 2:4) e Salomão era o escolhido para continuar esta linhagem por ter sido concebido como fruto do amor (2Sm 12:24-25).
Davi tinha plena consciência destes fatos e por isso não demonstrou preocupação, medo ou frustração quando um outro tentou usurpar o trono. Ou seja, quando se tem certeza de que Deus está no controle da situação, não deve haver motivos para desesperos ou falta de fé. O próprio Davi declarou:
Comprometa com o Eterno a sua jornada, confie
nele e ele vai fazer acontecer.
(Sl 37:5)
Davi, como um homem já velho e que já tinha experimentado várias vezes daquilo que o Eterno é capaz de fazer, sabia que em nenhuma circunstância ele deixaria de cumprir as suas promessas.
Um homem que viveu segundo o coração de Deus, aprendeu a esperar pela resposta certa do Senhor.
Porém Davi não ficou apenas deitado esperando que as coisas acontecessem. Imediatamente convocou sua equipe mais próxima, deu ordens expressas e cobrou resultados.
Com sua atitude Davi nos deixou a lição de que esperar em Deus tira de nós todo o medo e a angústia em relação ao futuro, mas não deve ser um motivo para preguiça ou comodismo.
Esperar em Deus, pelo contrário, deve produzir em cada um o senso de responsabilidade e a disposição certa para trabalhar cada vez mais para que a vontade de Deus aconteça em nossa vida.
E mais uma lição ainda pode ser destacada: o conselho dado por Davi ao seu filho, é mais que a fala de um rei, representa as palavras de um velho e sábio pai que se importa com o futuro de seu filho. Esse mesmo conselho foi repetido diversas vezes pelo seu filho Salomão no livro de Provérbios (confira Pv 2:1; 3:1; 3:11; 3:21; 4:20; 5:1 entre outros).
Para os pais fica a lição da necessidade de instruir e encaminhar seus filhos nos santos caminhos (veja Pv 22:6).
E para os filhos, a lição da obediência e respeito pelas palavras paternas (Ef 6:1).