Chego
aqui a mais uma doença que tem afligido o ser humano, a
fibromialgia.
Somente em tempos recentes este mal começou a ser identificado e
tratado como uma doença distinta. Tanto é que a própria ciência
ainda tateia buscando conhecer causas, sintomas específicos,
prevenção e tratamento adequado.
Para
um conhecimento inicial deste mal, vamos observar o que diz a Mayo
Clinic,
um centro médico americano especializado em fibromialgia: “A
fibromialgia é um distúrbio caracterizado por dor
musculoesquelética generalizada acompanhada por problemas de fadiga,
sono, memória e humor. Os pesquisadores acreditam que a fibromialgia
amplifica sensações dolorosas, afetando a forma como o cérebro
processa os sinais de dor.”
Passando
estas informações em linguagem mais leiga: fibromialgia é um mal
generalizado em que a cabeça do doente interpreta qualquer coisa que
aconteça com o corpo como se fosse dor. Por isso doi tudo –
sempre.
Dando
mais olhadas em sites
especializados, pode-se perceber que para esta doença ainda não há
tratamento que leve a um estado de superação e cura da doença e
que possa ser indicado de forma científica e padronizada para todos
os casos detectados. Como disse lá em cima, a ciência médica
ainda tateia quando o assunto é fibromialgia.
Em
geral o que se recomenda e pode ser feito é buscar cuidados
paliativos como terapia cognitivo-comportamental, hidroterapia,
técnicas de tratamento quiroprático, alongamento, massagem e
acupuntura. E o principal é recomendar alguns truques para
distrair-se da dor como exercício físico, gerenciamento de estresse
e técnicas de relaxamento, além de incentivo a ocupação com
tarefas ligadas a arte, música e alegria.
Mas
já falei muito sobre a fibromialgia física. O importante aqui é
destacar a fibromialgia do espírito. Temos diagnosticado este mal
em diversos cristãos. Como um mal generalizado, a alma destes
doentes espirituais interpreta tudo que lhe acontece como sendo algo
que lhe inflige dor. E por isso vivem em constante sofrimento
doloroso. Qualquer exortação, qualquer movimento ou exercício
espiritual, qualquer toque – ainda que carinhoso – lhe causa dor
profunda.
E
por causa desta constante sensação de dor na alma, seus sintomas
vão se irradiando e provocando dores morais, dramas existenciais,
complexos de incapacidade, mau humor e indisposição espiritual,
isolamento e inaptidão comunitária cristã.
E
o pior que a dor não passa!
Agora
observe que se para o problema da fibromialgia física, por enquanto,
tudo o que os médicos podem oferecer é um prognóstico de possível
esperança de vida normal, apesar da dor; para a fibromialgia do
espírito o nosso Médico Supremo já providenciou a cura e a
eliminação completa de toda a nossa dor ao executar aquilo que o
receituário profético já prescrevia:
–
Ele
tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si mesmo levou todas as
nossas dores. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e nas
suas dores fomos curados (a
profecia está em Is 53:4-5 e o cumprimento foi completo na cruz do
Calvário).
É
verdade. Eu sei que enquanto transitamos nessa vida aqui, algumas
vezes um espinho ou outro realmente fere nossa alma e a sensação de
dor e incômodo se mostra inevitável. Mas o santo remédio divino
já foi ministrado e seus efeitos já devem começar a ser sentidos
por aqui enquanto a profilaxia completa da doença não se dá.
Contudo
é a certa esperança da cura definitiva que deve me mover a
continuar a jornada cristã, apesar das dores que não se podem
comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
Por
enquanto disfarçamos a dor da caminhada com arte, música, louvor e
exaltação ao que é digno. Então chegará o dia em ele enxugará
dos nossos olhos toda a lágrima pois não haverá mais dor alguma –
é que estas coisas já passaram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário