Devemos
analisar aqui mais uma doença que aflige nossa alma, a osteoporose.
E como o próprio nome sugere, ela é a doença dos ossos porosos.
É quando o cálcio que normalmente forma e constitui nossos ossos já
não está sendo regularmente reposto e os ossos vão ficando fracos
e quebradiços.
De
acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, "à
medida que envelhecemos, ocorre uma perda natural e gradativa da
massa óssea tanto nos homens como nas mulheres. Quando essa perda
alcança um nível tão importante a ponto de desorganizar a
estrutura dos ossos, aumentando a sua fragilidade e o risco de
fraturas, temos então a osteoporose".
E
mais: "em geral o que ocorre é que somente após complicações,
como dores decorrentes de fraturas é que as pessoas passam a se
preocupar. A osteoporose é conhecida como uma doença silenciosa
pois não provoca sintomas. Diferentemente do que muitos pensam,
cansaço, desconforto, dores articulares e musculares não podem ser
atribuídas diretamente à doença e radiografias não são um bom
exame diagnóstico."
Entre
os fatores que contribuem para o aparecimento da doença podemos
citar a queda nos níveis de hormônios provocada pela idade, vida
sedentária, falta de cálcio e vitamina D, uso contínuo de
determinados medicamentos e até algumas outras doenças como
diabetes e artrite reumatoide.
Mas,
além destas características físicas da doença, nossa atenção
deve-se voltar para a osteoporose como mal que nos debilita a alma.
À
medida que a nossa vida espiritual vai avançando em tempo, muitos
acabam relaxando de alguns cuidados, é aí que a osteoporose
espiritual acontece.
Na
juventude espiritual, o vigor e o dinamismo disfarçam problemas que,
ao longo da vida, vão se acumulando e quando se chega ao tempo da
maturidade cristã, em vez de termos saúde para viver e desfrutar do
tempo de plenitude, a fraqueza e o cansaço nos domina. Somos
vítimas de osteoporose espiritual.
Faltou
uma alimentação adequada lá no começo da vida cristã. O puro
leite espiritual, que devia nos nutrir e garantir o cálcio
necessário para o fortalecimento dos ossos espirituais, foi escasso
e agora toda a estrutura de sustentação da alma já está tão
porosa que mal aguenta nosso peso (sugiro ler 1Pe 2:2). Por isso
muitos crentes velhos vivem encurvados – mas não por conta do
peso, e sim por falta de densidade na alma.
Também
faltou a muitos a quantidade apropriada de vitamina D. E, além da
alimentação adequada, esta fonte de saúde é obtida através do
sol. Cristão que não se expõe ao sol divino da justiça e à luz
da vida no tempo e maneira apropriados (considere Ml 4:2 e Jo 8:12)
acabam sofrendo de deficiência no espírito interior e, por conta
disso, qualquer circunstância nessa vida os fazem quebrar.
Outros
fatores acarretam pioras nos sintomas. Cristãos de vida espiritual
sedentária. Cristãos que não consultam seu Médico da alma com a
frequência devida nem se submetem aos tratamentos indicados.
Cristãos que se descuidam dos níveis de hormônios santos na alma
ao longo da vida. Certamente são cristãos que vivem em grupo de
risco de desenvolverem a osteoporose espiritual.
E
antes de finalizar, cabe uma pergunta: osteoporose da alma tem cura?
Independente dos tratamentos que possam ser indicados para a
osteoporose física, uma alma que sofra desta doença pode
perfeitamente ter sua condição restaurada, não importando o tempo
de vida espiritual nem o quão profunda esteja o mal ou o quanto a
estrutura espiritual esteja comprometida.
O
Cristo que garante fazer nova todas as coisas (entre outras
passagens, a promessa pode ser lida em Ap 21:5); esse Cristo,
Cordeiro e Deus, é tanto o Médico que nos cura como o próprio
remédio que nos restaura. Sem dúvida, qualquer alma que se
encontra fragilizada, curvada, oca por doença, pode ser refeita,
restaurada, reestruturada. Cristo recompõe os ossos de minha alma.
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