O coração de Samuel ainda estava triste por causa da rejeição de Saul. Deus então veio ao encontro do profeta e o lembrou que todo o processo de escolha e rejeição era obra da soberania divina e que ao seu servo só cumpriria executar o que lhe fosse ordenado.
O tempo de Saul já havia passado, agora era hora de ir a busca de um novo rei para ungi-lo: mas, onde encontrá-lo? Como achar o homem certo que se enquadrasse no perfil exigido por Deus?
Encha seu chifre
com óleo e vá a Belém;
eu o enviarei a Jessé.
Escolhi um dos seus filhos para fazê-lo rei.
(1Sm 16:1)
Mesmo com algum receio, Samuel seguiu as instruções e foi à casa de Jessé. Depois de participar de uma cerimônia de sacrifícios com Jessé e seus filhos, e os consagrar ao Senhor, o profeta começou seu trabalho de busca daquele que deveria ser ungido especificamente à realeza.
O primeiro a ser examinado foi Eliabe, o primogênito.
— Se era para ser alguém daquela casa que fosse este! – Deve ter pensado Samuel!
A resposta foi imediata:
Não considere sua
aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei.
[O Eterno] não enxerga como o ser humano, esse [só] vê a aparência,
mas o Eterno percebe o coração.
(1Sm 16:7)
Assim se seguiram Abinadabe, o segundo; Samá, o terceiro; e mais outros num total de sete dos filhos de Jessé e a resposta foi sempre a mesma: Também não foi este que o SENHOR escolheu (1Sm 16:9).
Neste ponto da história, alguma coisa parecia estar errada: a mensagem era clara sobre a casa de Jessé! Só podia está faltando alguém!
Foi quando lembraram do caçula Davi que estava no campo e não tinha participado em nada no desenrolar dos acontecimentos: nem dos sacrifícios, nem da consagração, nem do processo de escolha.
Trouxeram Davi à presença de Samuel e este foi descrito como um garoto ruivo e de feições delicadas. Aparentemente nada que fizesse lembrar o porte e a dignidade de um rei. Contudo a ótica divina vê diferente:
— É este! Levante-se e unja-o (1Sm 16:12).
Quando Davi foi ungido na presença de seus irmãos, o texto diz que o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Era a confirmação de que ele era o escolhido.
Então Samuel pôde voltar para Ramá onde morava; estava cumprida a sua missão.
(Na imagem, reprodução da pintura em óleo sobre tela intitulada A Unção de Davi – obra do 1555 do italiano Paolo Veronese. O original atualmente está no Kunsthistorisches Museum, Vienna, Austria)
Insondáveis mistérios! No Oculto está o escolhido.
ResponderExcluirO nos insondáveis desígnios divinos estão o seu querer e vontade, que é sempre melhor que o nosso, pois está fundado em seu amor infinito.
ExcluirAbr.