Considere
os irmãos Caim e Abel e como eles apresentaram culto e adoração.
O texto sagrado diz: Passado
algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do
rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não
aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e o seu rosto
se transtornou (Gn
4:3-5).
Um
dos elementos fundamentais de todo culto cristão é a adoração –
a celebração. Para haver culto é preciso que haja necessariamente
a adoração e a celebração; isso inclui a comemoração, a alegria
e a festividade.
Mesmo
sem um ordenamento formal que estabelecesse o culto de Caim e Abel,
mas é possível destacar que eles buscaram o Senhor para apresentar
suas ofertas. Desde o início, a celebração de culto era a
demonstração da gratidão pelos frutos do trabalho. Isto era uma
dádiva divina e a Deus deveria ser prestado o culto em gratidão.
Caim agradeceu pela colheita e Abel pelas crias do rebanho.
Hoje
também tenho que revestir meu culto de um caráter celebrativo.
Culto tem que ser festa: é comemoração pelas bênçãos que o
Senhor tem dado. Quando me torno conscientes de que no Senhor meu
trabalho não é inútil, isto tem que gerar em mim um espírito de
celebração – assim sou levado a cultuar (sobre seu trabalho leia
1Co 15:58 e sobre a atração ao culto Sl 122:1).
A
outra lição que salta aos olhos no culto oferecido por Caim e Abel
é a diferença quanto a sua aceitação por parte de Deus. E aqui
preciso me concentrar na motivação e nas circunstâncias que
levaram ao desfecho de um e de outro oferecimento. E mais que isso,
a atitude de cada cultuante, pois foi este o diferencial.
O
que leva a Deus a se fazer presente (encontro que transforma uma
simples reunião em culto) é a atitude e o caráter dos cultuantes.
Jesus garantiu que entre dois ou três reunidos em seu nome, ele
estaria presente (confira em Mt 18:20). Veja que o diferencial é
estarem em nome de Cristo.
Assim,
ampliando a compreensão para chegar no ponto principal devo observar
o provérbio que diz: O
sacrifício dos ímpios já por si só é detestável; tanto mais
quando oferecido com más intenções
(Pv 21:27).
Também
é necessária a citação do texto aos Hebreus quando afirma que
pela fé Abel foi reconhecido como justo (Hb 11:4). Ou seja: por
mais festivo, alegre e celebrativo que um culto possa parecer, ele só
será verdadeiramente aceito por Deus, como expressão de adoração,
quando for resultado de um coração puro e uma alma sincera e
consagrada ao Senhor.
Um
culto que preze pela forma litúrgica adequada mas descuide do
coração contrito será até belo de assistir, mas acabará por ser
rejeitado por Deus e com isso causará apenas revolta e decepção
nos que dele participaram.
Nisto
está a repreensão e o desprezo citado pelo profeta Amós ao culto
(leia toda a passagem de Am 5:21-24). Embora deva haver um
ordenamento cultual a nortear nossas celebrações (é o que diz
Paulo em 1Co 14:40), mas, com certeza, é com mãos lavadas, língua
sincera e um coração entregue a Jesus que verdadeiramente haveremos
de cultuar a Deus e por ele ser aceito em seu lugar santo (considere
atentamente o Sl 24:3-6).
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