sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A ADORAÇÃO QUE DEUS ACEITA


Considere os irmãos Caim e Abel e como eles apresentaram culto e adoração. O texto sagrado diz: Passado algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e o seu rosto se transtornou (Gn 4:3-5).
Um dos elementos fundamentais de todo culto cristão é a adoração – a celebração. Para haver culto é preciso que haja necessariamente a adoração e a celebração; isso inclui a comemoração, a alegria e a festividade.
Mesmo sem um ordenamento formal que estabelecesse o culto de Caim e Abel, mas é possível destacar que eles buscaram o Senhor para apresentar suas ofertas. Desde o início, a celebração de culto era a demonstração da gratidão pelos frutos do trabalho. Isto era uma dádiva divina e a Deus deveria ser prestado o culto em gratidão. Caim agradeceu pela colheita e Abel pelas crias do rebanho.
Hoje também tenho que revestir meu culto de um caráter celebrativo. Culto tem que ser festa: é comemoração pelas bênçãos que o Senhor tem dado. Quando me torno conscientes de que no Senhor meu trabalho não é inútil, isto tem que gerar em mim um espírito de celebração – assim sou levado a cultuar (sobre seu trabalho leia 1Co 15:58 e sobre a atração ao culto Sl 122:1).
A outra lição que salta aos olhos no culto oferecido por Caim e Abel é a diferença quanto a sua aceitação por parte de Deus. E aqui preciso me concentrar na motivação e nas circunstâncias que levaram ao desfecho de um e de outro oferecimento. E mais que isso, a atitude de cada cultuante, pois foi este o diferencial.
O que leva a Deus a se fazer presente (encontro que transforma uma simples reunião em culto) é a atitude e o caráter dos cultuantes. Jesus garantiu que entre dois ou três reunidos em seu nome, ele estaria presente (confira em Mt 18:20). Veja que o diferencial é estarem em nome de Cristo.
Assim, ampliando a compreensão para chegar no ponto principal devo observar o provérbio que diz: O sacrifício dos ímpios já por si só é detestável; tanto mais quando oferecido com más intenções (Pv 21:27).
Também é necessária a citação do texto aos Hebreus quando afirma que pela fé Abel foi reconhecido como justo (Hb 11:4). Ou seja: por mais festivo, alegre e celebrativo que um culto possa parecer, ele só será verdadeiramente aceito por Deus, como expressão de adoração, quando for resultado de um coração puro e uma alma sincera e consagrada ao Senhor.
Um culto que preze pela forma litúrgica adequada mas descuide do coração contrito será até belo de assistir, mas acabará por ser rejeitado por Deus e com isso causará apenas revolta e decepção nos que dele participaram.
Nisto está a repreensão e o desprezo citado pelo profeta Amós ao culto (leia toda a passagem de Am 5:21-24). Embora deva haver um ordenamento cultual a nortear nossas celebrações (é o que diz Paulo em 1Co 14:40), mas, com certeza, é com mãos lavadas, língua sincera e um coração entregue a Jesus que verdadeiramente haveremos de cultuar a Deus e por ele ser aceito em seu lugar santo (considere atentamente o Sl 24:3-6).

 

 


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