No conhecido
texto de Is 6:1-8 o profeta tem uma visão do Senhor em glória e a partir desta
visão, toda a sua vida foi transformada: seus lábios impuros foram tocados e
seu pecado perdoado. A consequência disto é que Isaías respondeu favoravelmente
ao desafio missionário que ouviu naquele culto.
A
resposta do profeta em se dispor a atender ao chamado é, com certeza, um modelo
para nós cristãos modernos que também somos chamados à missão (confira em Mc
16:15). Mas vejamos a que implicações
Isaías estava disposto a se comprometer a partir de sua disponibilidade.
Quem
diz ao Senhor para usá-lo estar-se colocando a disposição para se mover. Com a sua resposta, Isaías sabia que, embora o
santuário fosse o melhor lugar para se ficar, mas estar pronto para responder
ao Senhor deve significar sair do lugar de conforto para o de trabalho
missionário. Quem ouve a voz do Senhor e
atende, tem que se mexer – tem que sair da inércia e começar a agir.
Jesus
inicia a grande comissão citada por Mateus dizendo que ela deve ser feita indo.
Começando em Jerusalém e sem parar ou desistir chegar até os confins da terra
(leia em Mt 28:19).
Em
segundo lugar, quando há um verdadeiro comprometimento com a missão que o
Senhor nos entrega deve haver também uma ruptura com os vínculos do passado. É claro que para alguns isso vai significar
deixar literalmente seu lugar e família como foi com Abraão (Gn 12:1) e ainda é
com nossos missionários transculturais. Mas
o chamado à missão cristã tem que nos levar a uma separação dos valores deste
mundo para que o Reino de Deus seja nossa prioridade.
Voltamos
a ouvir Jesus declarando que para o discipulado cristão autêntico é preciso
renunciar até a família – sendo ela um empecilho ou ocupando a primazia – e
tomar a cruz para segui-lo com integridade (está em Lc 14:26-27).
E
ainda, a principal implicação de ouvir e atender a vocação missionária está em
se submeter de modo integral à vontade e aos planos de Deus. Quando o cristão se compromete com o
evangelho, ele deve vivê-lo de modo absoluto em todos os aspectos de sua vida,
o que deverá resultar em abandono do eu
com suas falsas prerrogativas e a entrega confiante àquilo que o Senhor tem
reservado para os seus.
Aqui a referência
é ao apóstolo Paulo, que entendia que o seu cristianismo tinha que ser reflexo
não de suas próprias convicções e aptidões, mas da vida de Cristo – e sua
vontade e deliberações – no controle de nossa existência (como dito em Gl
2:20).
Que
esta seja a nossa resposta também ao ouvir o chamado divino para o cumprimento
da missão: Usa-me, Senhor! Para que possamos viver a cada diz cumprindo-a para
a glória de Deus.
(Esta reflexão foi apresentada em 24 de
abril de 2009 em ibsolnascente.blogspot.com)
Depois de um encontro tão impactante com Deus, creio que assim como Isaías, não conseguimos negar nosso chamado e em prontidão dizemos "Sim Senhor"...
ResponderExcluirQue Deus continue te abençoando em seu chamado! :)
Lainy Anselmo
www.vozdonoivo.blogspot.com
Instagram: @vozdonoivo
Amém, querida. É o chamado divino que nos põe no serviço.
ExcluirAbs