No próximo dia 17 de março a minha
querida Aracaju estará completando 161 anos de criação – já está até parecendo cidade grande!!!
Em referência a esta data, eu peço
licença para reproduzir aqui uma citação da Profª Ester Fraga Vilas-Bôas do
Nascimento que encontrei no livro: "Fontes para a História do Poder
Legislativo da Cidade de Aracaju" publicado em 2010.
A criação do encapelado de Santo Antônio do Aracaju data
de outubro de 1778, quando o padre Luís de Brito Soares recebeu a sua
administração. Ali se estabeleceu o povoado de Santo Antônio. O povoado é algo distinto da cidade que
Inácio Barbosa fundaria em 1855. Só posteriormente
foi incorporado à malha urbana da nova capital.
(...)
A cidade de Aracaju nasceu formalmente no dia 17 de março
de 1855. Foi criada já como município,
para ser a capital da Província de Sergipe.
O presidente da Província, Inácio Barbosa, escolheu uma área na margem
direita do rio Sergipe, e perto da sua foz.
Uma praia ao sul do antigo povoado Santo Antônio do Aracaju, que ficava
no alto da colina do atual bairro Santo Antônio.
(...)
Em toda a região que circundava as duas olarias, e que era
conhecida como Massaranduba e Tramandaí, existiam engenhos, sítios, lavouras,
criatórios, salinas, casas de telha, casas de palha e escolas. Dentre as principais sitos e núcleos de
moradores que existiam vale citar Getimana, Saco, Porto, Pedras, Pau Grande,
Bugiu, Melo, Manteiga, Vilanova, Miramar, Boca do Rio, Barreta, Borborema,
Aroeiras, Chica Chaves, Tramandaí, Luzia, Grageru e Mané Preto. Nessas terras, até então pertencentes a
Freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba, se produzia mandioca,
cana, arroz, milho, feijão, sal e coco.
Existiam olarias, fábricas de cal e oficinas de ferreiros. Em 1855, mesmo antes da mudança da capital,
nas terras onde se estabeleceu a capital da Província já funcionavam uma
alfândega e uma agência dos correios.
(...)
A cidade que Inácio Barbosa fundou, cresceu. E com ela os horizontes e utensilagens mentais
dos seus habitantes. As pessoas, os
fatos, as instituições os lugares, enfim, a criação humana na cidade, nos
mostram que o espaço urbano é o espaço dos olhares. Tudo está contido num emaranhado de ruas,
praças, igrejas, edifícios, a movimentação das pessoas, um mundo de muitas
tarefas. Tarefas assumidas anonimamente
por todos e por cada um no contexto dos objetos, das cores, das luzes e das
formas da cidade. Espaço que se
antagoniza ao do campo, ao da vida rural, de ritmo lento e modorrento. Visão na qual estão calcadas as construções
interpretativas da cidade feitas por memorialistas, poetas, romancistas,
sociólogos, urbanistas, economistas, historiadores e também pelas decisões das
autoridades legislativas, executivas e judiciárias.
(A imagem lá em cima é um dos
primeiros registros fotográficos da Primeira Igreja Batista de Aracaju, como
sua membresia em frente ao templo em 1921)
Muito interessante!!!
ResponderExcluirMas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
2 Pedro 3:13,14
http://ahoraechegada.blogspot.com.br/
Boa citação. Esta é a esperança que nos mantém firmes enquanto vivemos e trabalhamos neste tempo.
ExcluirLembro ainda de outro texto: "Procurai a paz da cidade... e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz". Jr 29:7
Abs
Coincidência: acabei de ler "Teresa Batista Cansada de Guerra", de Jorge Amado, que retrata primorosamente a região.
ResponderExcluirAbração aqui de Lisboa
O Jorge Amado é um excelente autor nordestino, tendo inclusive conhecido conhecido e vivido aqui em Estância. Ele soube como poucos descrever esta nossa terrinha. É orgulho do nosso povo e de nossa arte.
ExcluirAbração.