terça-feira, 22 de março de 2016

QUANDO TERMINOU O SÁBADO - Mensagem da Páscoa


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4 comentários:

  1. Compartilhamos da mesma fé na morte e ressurreição do nosso Senhor. Mas há uma curiosidade: O verdadeiro dia da morte e ressurreição. A tradição diz serem sexta (morte) e Domingo (ressurreição). Mas, por razões puramente matemáticas, os dias não batem. Esclareça-nos, caro Pastor.
    Forte abraço.

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    1. Querido, bastante perspicaz sua observação.
      Glorificamos a Deus pela fé na morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo. É a cruz e o túmulo vazio que nos confere graça. Como também assim o foi para os evangelista e primeiros cristãos.
      Mas é verdade que sempre que tentamos equacionar a nossa fé (verdades teológicas e espirituais) com dados empíricos extraídos das páginas sagradas esta correlação torna-se complicada.
      Os autores bíblicos não estavam narrando a história, no sentido técnico que conhecemos hoje, mas nos apresentando a História da Salvação, ou seja, como Deus veio e interviu na história e vida humana. Assim aqui é outra conversa.
      Quanto ao dia exato da morte e ressurreição de Jesus, realmente devemos mais à tradição que aos detalhes do texto em si. Nisto os Evangelhos não nos dão detalhes suficientes. Logo traças um calendário ou sequência de eventos baseado na palavras sagradas, sempre vai apresentar lacunas.
      Quanto ao momento. a única afirmação segura da Bíblia, é que a ressurreição aconteceu quando terminou o sábado e já despontava o primeiro dia da semana (mas quanto a isso ainda creio ser mais uma afirmação teológica, embora mantem uma sólida base histórica).
      Os cristãos primitivos nunca tiveram o cuidado de demarcar o dia da crucificação, mas foram muito criteriosos em celebrar a ressurreição de modo que nos deixaram essa rica herança do primeiro dia da semana - depois chamado de Dia do Senhor - como o dia em que a morte foi vencida e portanto a igreja deveria se reunir para celebrar.
      Sei que ainda muito podemos nos aprofundar nesta compreensão. Há aspectos históricos que realmente valem considerar e, principalmente, verdades doutrinárias. Que elas nos sustentem para a glória do ressurreto.
      Abs.

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  2. Caro Pastor, o sábado foi instituindo desde de Gênesis (2:3) não seria lei de Moisés,pois ele nem existia.A guarda do sábado está no dez mandamentos ÊXODO 20(8-11).Essa mudança ocorreu no ano 321 DC pelo Imperador Constantino que estabelece o domingo como dia de descanso.Em Mateus(5:17-20)""Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir.
    Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra.
    Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus".
    Mateus 5:17-19
    A igreja BATISTA: “Cremos que a Lei de Deus é a base ETERNA E IMUTÁVEL do Seu governo moral (Rom. 3: 31. Mat. 5: 17. Luc. 16:17. Rom. 3:20); que essa Lei é santa, justa e boa (Rom. 7: 12. Sal. 119);… que um dos principais objetivos do evangelho é o de libertar os homens do pecado e restaurá-los em Cristo a uma obediência sincera dessa santa lei, …(Rom. 8:2-4. Heb. 8: 10. Heb. 12.22-25).” – Manual das Igrejas Batista, por Willian Carey Taylor, 4a. Edição, 1949, pág. 178, Artigo XII – Casa Publicadora Batista.Mas neste ponto vocês parecem que são incoerentes em relação a guarda do sábado .Braços!!!

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    1. Querida Lilian. Realmente, como conceito teológico, o sábado já está presente na narrativa da criação, bem como na relação de Êxodo 20, sendo portanto parte indispensável da Revelação Divina que é eterna e imutável.
      Quanto a citação de Constantino ele - a citação - carece de maiores aprofundamentos históricos.
      Em relação ao livro de WC Taylor, um servo de Deus americano e que serviu em terras brasileiras, seu texto é uma boa referência para compreensão da sistematização de nossas crenças.
      Mas voltemos à Bíblia, pois ela sim é nossa única regra de fé e prática. Quando os evangelistas se referiram à ressurreição de Jesus Cristo como ocorrido "quanto terminou o sábado" claramente eles procuravam dar uma contextualização histórica ao fato mais importante de nossa fé - e isso tem toda coerência.
      Contudo, como coloquei na reflexão pregada em nosso templo por ocasião da celebração do Culto da Ressurreição", a afirmação em si, por ser bíblica, pode nos fornecer um pano-de-fundo teológico/doutrinário para a compreensão de que a Graça superou a Lei como instrumento salvífico - doutrina base na argumentação paulina - e que portanto é nesta nova dimensão que nossa fé e nossa salvação está alicerçada. Além de que, também por coerência cristã e textual, a Lei que vigorou no AT não foi abolida pela Graça que nos foi outorgada no NT mas suplantada.
      Há ainda uma outra questão que o findar do sábado pode nos oferece, e independe da relação sábado/domingo ou Lei/Graça. o raiar do novo dia quando as mulheres chegaram ao sepulcro e o encontram vazio nos diz que as sombras da morte já foram vencidas pelo poder da ressurreição. E é isto que celebramos quando terminou o sábado (sempre me revigora o espírito o texto de 1Co 15:55-56).
      Que o Cristo ressurreto e que vivem em glória faça resplandecer sua graça sobre nós.
      Abraços

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