sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SEREIS LIVRES

Em uma de suas discussões com os judeus durante seu ministério, Jesus abordou o tema da liberdade em oposição à escravidão.  Embora os filhos de Abraão se julgassem completamente livres, Jesus os compreendia como escravos, pois ainda viviam sob o jugo do pecado – e um é consequência direta do outro (leia em Jo 8:34-36 e veja também 2Co 3:17 onde Paulo apresenta o mesmo argumento).
Seguindo o Mestre, devo entender da mesma maneira a relação íntima de oposição representada pela fórmula: [pecado = escravidão ≠ Cristo = liberdade].  Com esta certeza em mente, quero aqui passar um pouco as páginas bíblicas para refletir sobre os desdobramentos de cada lado da equação.
O ponto de partida é logicamente as palavras de Cristo: quem vive pecando é escravo do pecado, mas se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres (no já citado Jo 8:34-36).  Neste sentido alguns aspectos podem ser destacados; não são os únicos, mas vamos a eles.
# Quem é livre em Cristo Jesus sabe que nada no tempo presente é definitivo e por isso pode se apegar à esperança de que o tempo de Deus haverá de chegar para fazer novas todas as coisas (sobre isso há textos em demasia na Bíblia, veja alguns: 1Co 13:10 / Rm 8:18 e 24 / Ap 21:5).
# Quem vive em estado de servidão é forçado a entregar tudo o que produz ao seu senhor, esta é a sua condição inapelável.  Por mais que se esforce e trabalhe, nunca nada será seu.  A condição de escravidão não permite usufruir o resultado de seu trabalho e produção. 
# Quem já experimentou a liberdade de Cristo pode também experimentar o resultado do seu trabalho e desfrutar daquilo que conquistou.  Enquanto o pecado rouba nosso suor em vão, Deus valoriza o nosso empenho (leia 1Co 15:58).  E o Salmo vai além cantando que quem serve ao Senhor é feliz e próspero (o Sl 128:1-2 fala em comer o fruto do trabalho).
# Quem vive sob o regime de escravidão, por definição, não possui direito a movimentação e decisão.  A falta de liberdade tira a opção de ir e vir e de escolher o que fazer.  Aquele que é escravo do pecado sabe que vícios, erros e defeitos são mais fortes que sua própria vontade e lhe dominam todas as decisões, ações e reações.
A liberdade que Cristo oferece para quem lhe serve é completa e definitiva (confira Gl 5:1).  No Espírito temos a liberdade de fazer escolhas (esta foi a proposta de Josué em Js 24:15).
Agora, conhecendo a verdadeira liberdade que há no Espírito de Deus e que foi ofertada por Cristo através de seu amor, que possa eu usá-la para servir livremente e com gratidão àquele que é nosso amado Senhor.

(Mesmo com algumas correções pontuais, esta reflexão é uma republicação do sítio ibsolnascente.blogspot.com – 25 /06/2010)

2 comentários:

  1. Amo a Liberdade vinda de DEUS!Ela é a libertação de jugos danosos por uma eternidade demoníaca.

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    1. Só em Cristo há esta verdadeira liberdade, a ele seja todo o louvor.

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