sexta-feira, 21 de março de 2014

AGINDO EU

No capítulo 43 do livro da profecia de Isaías, o Senhor se apresenta como o único salvador de Israel.  A palavra de Deus foi dirigida originalmente àqueles que estariam exilados mas que deveriam manter a esperança na ação divina em resgatá-los (veja o verso 1º).  No contexto temos uma visão comparativa entre o verdadeiro Deus que criou Jacó e agiu em sua história e outros deuses estrangeiros.
A citação profética termina de maneira triunfante com o próprio Senhor questionando: Agindo eu, quem o pode desfazer? (no verso 13).
Neste momento então, quero tomar a citação do profeta para reafirmar minha fé inquestionável naquilo que o Senhor tem a realizar na sua Igreja.  Veja o que esta argumentação tem a nos dizer.
Em primeiro lugar, no texto o próprio Deus se apresenta.  Com isso deixa claro dois aspectos.  De um lado Deus é o Todo-Poderoso.  Ele diz: Eu, eu mesmo, sou o Senhor, e além de mim não há salvador algum (verso 11).  Deus é o que detém poder e autoridade suprema e não há poder na criação que se rivalize a Ele.
Diante dos questionamentos de Jó, o Senhor desafia o patriarca a responder sobre quem faz todas as coisas (leia os capítulos 38 a 40 – em especial o verso 40:1).  Ainda Paulo reconhece que ele é o transcendente Rei dos reis e Senhor dos senhores (em 1Tm 6:15-16).
Mas este Deus Todo-Poderoso é também o que se revela, se dá a conhecer (vejo o verso 12).  O Deus exaltado em glória desce para se mostrar ao seu povo e realizar maravilhas em seu meio.  E mais: o povo é testemunha!
Num contexto semelhante, Jeremias anuncia que Deus está ao alcance do clamor de seus filhos (não se esqueça de Jr 33:3).  Mas é no NT que a revelação máxima de Deus foi entregue aos seres humanos: João na introdução de seu evangelho diz: Vimos a sua glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1:14).
Há ainda outro aspecto. Mais uma verdade que deve ser extraída da profecia: o Todo-Poderoso revelado tem uma vontade específica para o seu povo, e a executa.  Quanto a isso é bom reafirmar que a vontade de Deus sempre se cumpre; não há nada que possa impedir o seu livre agir.
Volto a Jó.  Depois de seus questionamentos, ele foi convencido de que nenhum dos planos divinos pode ser frustrado (em Jó 42:2).  O patriarca aprendeu na experiência que diante da vontade soberana de Deus em cumprir os seus planos, não há força que o detenha.  O próprio Jesus vai declarar com ênfase que todo o poder lhe foi dado no céu e na terra (leia Mt 28:18).  Ora, quem tem todo o poder, pode fazer o que quer!
Contudo, sobre a vontade de Deus não podemos deixar de ler na Bíblia que ela é agradável e perfeita.  Tiago já nos diz que tudo de bom vem de lá (no verso de Tg 1:17).  Ou seja, se há algo de bom em nossa vida e em nossa igreja, com certeza a origem é divina.  E mais: Paulo afirma que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita (em Rm 12:2).
Assim, voltando ao método comparativo sugerido pelo profeta, podemos declarar hoje, quando vislumbramos o agir soberano de Deus, que sem dúvida ele fará sobressair a sua vontade – porque tem poder para isso – e tal vontade será o melhor que poderemos esperar – porque ele não se contradiz.  E louvaremos a Cristo pela vitória.

(Publicado pela primeira vez no sítio http://ibsolnascente.blogspot.com em 03/07/2009, aqui com a devida contextualização)

3 comentários:

  1. Caríssimo colega; tenho lindo suas pregações e tem me edificado bastante, que Deus continue iluminando tua mente.

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    1. Amado, realmente me alegro que possa ser usado pelo Senhor para a edificação do seu povo. Continue orando por mim.
      Um abraço.

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  2. Querido António Batalha. Obrigado por suas palavras. As linhas que escrevo são para a glória de Deus. E que bom que você gostou.
    Fui lá no seu blog e li algumas coisas. Parabéns. Observe lá que coloquei meu nome entre os seguidores. Sei que será de proveito mutuo.
    Que O Senhor continue abençoando.
    Um abraço

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