No
capítulo 43 do livro da profecia de Isaías, o Senhor se apresenta como o único
salvador de Israel. A palavra de Deus
foi dirigida originalmente àqueles que estariam exilados mas que deveriam
manter a esperança na ação divina em resgatá-los (veja o verso 1º). No contexto temos uma visão comparativa entre
o verdadeiro Deus que criou Jacó e agiu em sua história e outros deuses
estrangeiros.
A
citação profética termina de maneira triunfante com o próprio Senhor
questionando: Agindo eu, quem o pode
desfazer? (no verso 13).
Neste
momento então, quero tomar a citação do profeta para reafirmar minha fé
inquestionável naquilo que o Senhor tem a realizar na sua Igreja. Veja o que esta argumentação tem a nos dizer.
Em
primeiro lugar, no texto o próprio Deus se apresenta. Com isso deixa claro dois aspectos. De um lado Deus é o Todo-Poderoso. Ele diz: Eu,
eu mesmo, sou o Senhor, e além de mim não há salvador algum (verso 11). Deus é o que detém poder e autoridade suprema
e não há poder na criação que se rivalize a Ele.
Diante
dos questionamentos de Jó, o Senhor desafia o patriarca a responder sobre quem
faz todas as coisas (leia os capítulos 38 a 40 – em especial o verso 40:1). Ainda Paulo reconhece que ele é o
transcendente Rei dos reis e Senhor dos senhores (em 1Tm 6:15-16).
Mas
este Deus Todo-Poderoso é também o que se revela, se dá a conhecer (vejo o
verso 12). O Deus exaltado em glória
desce para se mostrar ao seu povo e realizar maravilhas em seu meio. E mais: o povo é testemunha!
Num
contexto semelhante, Jeremias anuncia que Deus está ao alcance do clamor de
seus filhos (não se esqueça de Jr 33:3).
Mas é no NT que a revelação máxima de Deus foi entregue aos seres
humanos: João na introdução de seu evangelho diz: Vimos a sua glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e
de verdade (Jo 1:14).
Há
ainda outro aspecto. Mais uma verdade que deve ser extraída da profecia: o
Todo-Poderoso revelado tem uma vontade específica para o seu povo, e a executa. Quanto a isso é bom reafirmar que a vontade
de Deus sempre se cumpre; não há nada que possa impedir o seu livre agir.
Volto a
Jó. Depois de seus questionamentos, ele
foi convencido de que nenhum dos planos divinos pode ser frustrado (em Jó 42:2). O patriarca aprendeu na experiência que
diante da vontade soberana de Deus em cumprir os seus planos, não há força que
o detenha. O próprio Jesus vai declarar
com ênfase que todo o poder lhe foi dado no céu e na terra (leia Mt 28:18). Ora, quem tem todo o poder, pode fazer o que
quer!
Contudo,
sobre a vontade de Deus não podemos deixar de ler na Bíblia que ela é agradável
e perfeita. Tiago já nos diz que tudo de
bom vem de lá (no verso de Tg 1:17). Ou
seja, se há algo de bom em nossa vida e em nossa igreja, com certeza a origem é
divina. E mais: Paulo afirma que a vontade
de Deus é boa, agradável e perfeita (em Rm 12:2).
Assim,
voltando ao método comparativo sugerido pelo profeta, podemos declarar hoje, quando
vislumbramos o agir soberano de Deus, que sem dúvida ele fará sobressair a sua
vontade – porque tem poder para isso – e tal vontade será o melhor que
poderemos esperar – porque ele não se contradiz. E louvaremos a Cristo pela vitória.
(Publicado pela primeira vez no sítio
http://ibsolnascente.blogspot.com em 03/07/2009, aqui com a devida
contextualização)
Caríssimo colega; tenho lindo suas pregações e tem me edificado bastante, que Deus continue iluminando tua mente.
ResponderExcluirAmado, realmente me alegro que possa ser usado pelo Senhor para a edificação do seu povo. Continue orando por mim.
ExcluirUm abraço.
Querido António Batalha. Obrigado por suas palavras. As linhas que escrevo são para a glória de Deus. E que bom que você gostou.
ResponderExcluirFui lá no seu blog e li algumas coisas. Parabéns. Observe lá que coloquei meu nome entre os seguidores. Sei que será de proveito mutuo.
Que O Senhor continue abençoando.
Um abraço