sexta-feira, 10 de maio de 2013

POR QUE ACREDITO NA FAMÍLIA?


Falar sobre família sempre foi uma prática comum entre os pregadores cristãos.  O assunto está na Bíblia e realmente deve merecer a maior atenção de nossos púlpitos.  Em especial hoje em dia quando parece que foi deflagrada uma batalha espiritual contra a família.  Mas para início de conversa quero declarar que acredito piamente que esta batalha já está ganha! Mas por que eu acredito na família? Por que posso afirmar que as famílias vão prevalecer nesta guerra?
Afirmar como resposta inicial que é porque a família nasceu no coração de Deus e por ela o Senhor tem interesse particular é apenas reafirmar o já bastante conhecido.  Então me deixe tentar justificar minha convicção a partir da leitura da parábola do filho pródigo contada por Jesus e registrada por Lucas (confira Lc 15:11-32).
Na história narrada pelo Mestre, a família é um lugar onde há diferenças. E mesma nelas (ou apesar delas) há compreensão e respeito. Na parábola o pai tem dois filhos e cada um se comporta de maneira completamente diferente do outro; mas nem por isso são rejeitados ou desprezados por seu pai.
Acredito na família por que somos todos diferentes entre nós – e não há razão nenhuma para sermos iguais – e na família há lugar para todos.
Ainda na parábola a família retratada é um lugar de referência e acolhimento.  Lá pelo meio da história, o pródigo se lembra da casa do pai e reconhece que somente naquele lugar ele poderia ser acolhido, querido e bem tratado, mesmo depois de tudo que aconteceu. O detalhe é que o mesmo poderia ter acontecido com o outro filho no final da narração se ele escolhesse também ser acolhido pelo amor paterno.
Eu acredito na família porque sei que não importa qual seja minha história pessoal, sempre terei uma referência a me abrigar.
E finalmente, a história conta que foi na família que a vida do filho teve oportunidade ser reconstruída.  Foi na volta para casa que aquele garoto pode experimentar o que é verdadeiramente o perdão e o amor – isso só acontece num ambiente familiar – e assim também poder reconstruir sua própria história.  De pródigo rebelde a renascido querido.
É por isso que eu acredito na família como modelo cristão, pois é no seu seio que encontrarei as bases para que minha vida – que por vezes está maltrapilha – possa ser refeita com carinho e cuidado.
Sei que seria bastante utopia se afirmasse que toda família ainda hoje é assim.  Mas este é um modelo ideal que o Senhor apresentou para que, tendo-a por mira e construa a minha família.  Exatamente por ser o que ela é no projeto de Deus é que eu acredito que nossas famílias ainda estão no centro deste projeto.
Oremos que o próprio Senhor nos conceda famílias assim.

(Texto republicado a partir de uma publicação original no sítio http://ibsolnascente.blogspot.com.br em 05/06/2009)

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