No
texto de Mt 6:33 há uma palavra que vai merecer de nosso estudo de Discipulado
Radical um destaque especial: Justiça.
Jesus instrui a buscar seu Reino e também a sua justiça. Para compreender melhor as implicações da
justiça divina em minha vida, quero me reportar a três exemplos bíblicos.
Moisés
é o primeiro destes personagens. Observe
que ainda jovem, ele buscou libertar seu povo, mas o tentou fazer com as
próprias mãos – justiça própria (Êx 2:11-14) – este foi o princípio de seu
fracasso. Já velho foi levado a
reconhecer que foi por méritos divinos que a libertação foi alcançada (Dt
9:4-6).
Um
outro exemplo é Jó: um personagem bíblico que é bem peculiar na história do
AT. Embora tendo sido avaliado por
Satanás sob a permissão divina (veja Jó 1:6-12) e, depois de muita prova,
logrado êxito; Jó se achou no direito de advogar sua própria justiça diante de
Deus (Jó 27:6 – ainda precisava realmente ser provado!). Somente depois de
questionado pelo próprio Deus (Jó 35:2) é que Jó abdicou de sua justiça própria
em detrimento da divina (Jó 42:6).
No
NT Jesus conta que um fariseu e um publicano foram ao templo para orar (Lc
18:9-14). O primeiro, cheio de justiça
própria, voltou vazio. O segundo,
humilde confiante na justiça divina, foi ouvido em suas preces.
O
Mestre requer de cada um a busca da justiça divina, isto impõe abrir mão de minha
própria justiça, de meus direitos e me submeter à vontade e justiça do Senhor,
reconhecendo que Justo é o Senhor, em todos os seus caminhos, benigno em todas
as suas obras (Sl 145:17).
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