terça-feira, 30 de abril de 2013

DA JUSTIÇA


No texto de Mt 6:33 há uma palavra que vai merecer de nosso estudo de Discipulado Radical um destaque especial: Justiça.  Jesus instrui a buscar seu Reino e também a sua justiça.  Para compreender melhor as implicações da justiça divina em minha vida, quero me reportar a três exemplos bíblicos.
Moisés é o primeiro destes personagens.  Observe que ainda jovem, ele buscou libertar seu povo, mas o tentou fazer com as próprias mãos – justiça própria (Êx 2:11-14) – este foi o princípio de seu fracasso.  Já velho foi levado a reconhecer que foi por méritos divinos que a libertação foi alcançada (Dt 9:4-6).
Um outro exemplo é Jó: um personagem bíblico que é bem peculiar na história do AT.  Embora tendo sido avaliado por Satanás sob a permissão divina (veja Jó 1:6-12) e, depois de muita prova, logrado êxito; Jó se achou no direito de advogar sua própria justiça diante de Deus (Jó 27:6 – ainda precisava realmente ser provado!). Somente depois de questionado pelo próprio Deus (Jó 35:2) é que Jó abdicou de sua justiça própria em detrimento da divina (Jó 42:6).
No NT Jesus conta que um fariseu e um publicano foram ao templo para orar (Lc 18:9-14).  O primeiro, cheio de justiça própria, voltou vazio.  O segundo, humilde confiante na justiça divina, foi ouvido em suas preces.
O Mestre requer de cada um a busca da justiça divina, isto impõe abrir mão de minha própria justiça, de meus direitos e me submeter à vontade e justiça do Senhor, reconhecendo que Justo é o Senhor, em todos os seus caminhos, benigno em todas as suas obras (Sl 145:17).

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