Vocês
também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: não jurem falsamente...
(Mt 5:33). Jesus continua
reinterpretando a Lei dada por Deus aos antigos, aplicando-a ao coração e a
vida dos seus discípulos. O tema agora é
a verdade.
Nos
Dez Mandamentos está preceituado: “Não dirás falso testemunho” (Êx 20:16). O que a Lei quer preservar aqui é o valor da
honra e da verdade. Por conta da
possibilidade da mentira, os antigos garantiam suas palavras chamando Deus por
testemunha – o juramento (Dt 6:13).
Assim o juramento atestava os ditos em relação ao passado e garantia os
votos futuros.
Agora
Jesus exige dos seus discípulos uma postura de verdade radical: sim, sim; não,
não (Mt 5:37). Nada menos que toda a
palavra do servo de Cristo deve ser verdadeira; desta forma, o cristão não tem
necessidade de atestar as suas palavras, tomando Deus como testemunha no
juramento. A mentira (filha do diabo como
é dito em Jo 8:44) já deve ter sido extirpada de minha vida pelo poder que emana
da cruz de Cristo, logo posso tomar posse de toda a verdade e viver baseado
nela.
A
pergunta é inevitável: Mas como viver assim?
A resposta tem que também ser radical: lendo a Bíblia reconheço duas
respostas. a) em relação ao passado, tenho o auxílio do Espírito Santo que faz
lembrar fielmente da Palavra de Deus (Jo 14:26), logo não preciso atestar mais
minhas palavras pois o Espírito em mim já o faz em todos os momentos; e b) quanto
ao futuro, como ele para mim permanece incerto, a instrução é que toda garantia
dos planos futuros seja colocada no Senhor (Tg 4:15). Assim não preciso jurar, pois Deus fará o que
bem quiser da minha vida.
Certo
de que o próprio Deus me fará, pela sua graça e poder, viver um discipulado
verdadeiro. Que eu me dedique àquele que
é a própria verdade – Jesus (Jo 14:6) para sua glória.
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