O
segundo tema reinterpretado por Jesus é o tema do adultério (Mt 5:27-32). Aqui vale o mesmo princípio
interpretativo. Jesus não vem abolir a
Lei, mas cumpri-la e levá-la a seu real significado e extensão.
Aos
antigos foi dito: “Não adulterarás” (Êx 20:14).
Neste sétimo mandamento Deus apresenta o alto valor dado à família, a
pureza e a santidade. Deus criou o homem
e a mulher com suas diferenças e seus desejos.
E os fez assim para serem santos e puros na sua vida aqui nesta
terra. É isto que Deus intenta preservar
neste mandamento.
Qualquer
que olhar para uma mulher e desejá-la... (Mt 5:28). Jesus vai além do ato conjugal em si. Todo o corpo, mente e intenções têm de ser
consagrados ao Mestre, logo não podem se desviar, tornando-se impuros em nada, nem
desviando de sua intenção original. Os
desejos do discípulo podem ser santos (leia Hb 13:4) ou podem ser impuros,
obstruindo a visão do Reino de Deus. Se
o coração do discípulo se enche de desejos vãos, então não poderá desejar a
pureza que vem do Mestre.
E
Jesus vai mais além: se tiver que escolher entre um objeto de desejo
transitório e a fonte suprema de todo bem – que se faça a escolha pelo eterno
em detrimento do passageiro. O Mestre oferece
aos seus discípulos gozo perene. Mas é
preciso não trocá-lo por prazeres banais!
Ainda
tratando do desejo, Jesus o canaliza para o matrimônio que só deve ser
celebrado em amor. E isto é fácil de
compreender. Para o discípulo, qualquer
vinculo ou compromisso somente será celebrado se for embasado em amor (confira Cl
3:14), pois qualquer outro vínculo que haja entre cristãos, será abandono do
discipulado.
Considerando
o Amor de Cristo, razão de ser do discipulado, que eu possa dedicar ao Mestre meus
desejos santos.
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