Segundo o próprio Mestre Jesus, o resumo da Lei e do que se
estabelece como critério no plano de Deus é o amor. Sendo assim, o primeiro e principal valor
inegociável para os cristãos é amar a Deus sobre tudo e ao próximo na mesma
dimensão.
Não há como relativizar a prioridade do amor cristão, pois é
exatamente tal característica que haverá de nos identificar no meio do mundo e
da sociedade. Ainda foi Jesus quem assim
estabeleceu ao indicar aos seus discípulos que a marca de identificação que
haveria de os diferenciar deveria ser o amor que eles nutrissem uns pelos
outros (em Jo 13:35). Ou seja, sem amor
não se pode ser cristão; e nunca se testemunhará do poder do Evangelho sem que
se viva e encarne o amor em todas as ações e decisões.
Jesus Cristo certamente é o nosso padrão e, seguindo a compreensão
do João, o Deus que é amor (1Jo 4:8), encarnou-se no Filho (Jo 1:14) por amor
ao mundo (Jo 3:16) e fez assim para nos deixar o exemplo a ser seguido (Jo
13:15) – para que nos amemos uns aos outros, mesmo que isso nos custe a própria
vida (Jo 15:12).
Ainda Paulo, escrevendo aos coríntios, advertiu sobre manter uma
postura firme e vigilante quanto à fé, mas que, acima de tudo, o critério e
motivação para cada ação e decisão cristã deve ser o amor (leia em 1Co
16:13-14). Isso é inegociável.
E ampliando essa compreensão, Agostinho de Hipona, comentando a
primeira Carta de João, foi enfático ao estabelecer o amor como máximo valor
cristão. Dizia ele: “Ama e faz o que
quiseres. Se calares, calarás com amor;
se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se
perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres
o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos”.
(Da Revista DIDASKAIA – 1º quadrimestre / 2023 –
IBODANTAS)
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