Comentando uma postagem sobre as 12 Pedras da Nova Jerusalém em Apocalipse (link aqui), um leitor me pediu uma relação de versículos que se refiram a cada uma das pedras preciosas.
Então aí vai um quadro com a relação:
Comentando uma postagem sobre as 12 Pedras da Nova Jerusalém em Apocalipse (link aqui), um leitor me pediu uma relação de versículos que se refiram a cada uma das pedras preciosas.
Então aí vai um quadro com a relação:
Abençoado é o homem que não vai de acordo
com os perversos,
Nem segue as rotas dos transgressores,
Nem toma acento com os insolentes.
Mas na Lei do Eterno está o seu deleite
E nela cogita de dia e de noite.
Esse será como uma árvore plantada nas
margens de ribeiros perenes.
Ele, no tempo devido, vai frutificar,
Suas folhagens nunca ficarão mirradas,
E sua obra sempre irá se distinguir.
Os perversos não são assim.
Eles são como palha arrastadas pelo vento.
Por conta disso, esses perversos não se estabelecerão
diante do juízo,
nem terão assento na congregação dos justos.
Porque o Eterno conhece a jornada do
justo;
mas a trilha dos perversos está destinada à ruína.
(Salmo 1)
Na manhã do dia do meu quinquagésimo aniversário, as minhas primeiras palavras foram uma prece:
— Obrigado Deus por estar completando cinquenta voltas no sol!
Sinceramente não foram palavras planejadas, estudadas ou pretendessem instigar em alguém reflexões existenciais – até porque foram ditas em silêncio. Foi apenas uma frase de gratidão que, dita espontaneamente, expôs para mim mesmo um pouco do meu submundo e castelo mental.
Depois aproveitei a sonoridade e compartilhei essa frase por aí. E gastei ainda eventualmente alguns instantes a remoendo.
Então, cada vez que completo mais uma volta no sol, entendo que é bom voltar ao tema. Não que já tenha concluído as tais profundas reflexões existenciais, mas vou compartilhar um pouco das rotas dessa viagem.
Pensar em mais uma volta no sol me aflora a humildade. Quando lembro que rodeei o sol mais uma vez, reconheço o quão minúsculo sou diante dele. E vão-se todas as arrogâncias.
Imaginar ainda mais uma volta no sol põe meu olhar em perspectiva. Eu posso olhar o nascente a partir do horizonte que tenho no leste (e aqui em Aracaju o sol nasce sempre lindo na praia). Também posso conceber o planeta girando em sua dança sideral ao redor de sua estrela, e ano após ano sucedendo estações e eras. Ambas as concepções são corretas, porém distintas. Então me convenço que a percepção da verdade desconhece o absolutismo.
Discernir mais uma volta no sol também traz a sensação de pertencimento. Não fui apenas eu, não corri sozinho, nada fiz particularmente para rodear o sol. Apenas por estava aqui na Terra eu participo de sua viagem. Faço parte de algo bem maior que eu e minha simples existência. Eu pertenço a história humana que caminha dia a dia e juntos construímos a realidade. Nunca seguirei só.
O que me leva adiante: dar mais uma volta no sol me faz constatar que efetivamente não tenho o controle nem da minha existência nem da trajetória. Por outro lado, não estou também largado ao acaso. Cada volta ao sol segue leis e forças que extrapolam em muito a minha capacidade de controle. E eu reconheço que, embora no cotidiano possa escolher entre vestir uma camisa vermelha ou azul, mas há uma cadeia de eventos que jamais estarão sob meu controle.
E, reconhecer mais uma volta no sol me expõe a compreensão de que a cada ano o nosso planeta cumpre sua trajetória elíptica ao redor do astro-rei, mas nunca se repete de forma mecânica e inalterada. Cada ano e cada volta é única, mesmo dando voltas, cada novo momento é singular no progredir de seu ciclo espiral. Assim também eu continuo não apenas rodeando o sol, mas seguindo adiante.
E agora, dando mais uma volta no sol, quer fazer minhas as palavras do salmista:
— Senhor, me ensine a enumerar minhas voltas no sol, pois só assim eu chegarei a ter um coração douto!
No começo dos anos 1980, Luiz de Carvalho gravou a canção "Divino Companheiro" no álbum "Meus Hinos Queridos – volume 1". Desde então ela tem sido cantada como um hino pela igreja brasileira. Hoje já faz parte da boa tradição musical que enriquece o nosso cancioneiro evangélico.
A referência da letra é facilmente percebida. A base bíblica está na história narrada pelo evangelista Lucas, no capítulo 24, a partir do verso 13.
Lucas conta que no mesmo dia em que as mulheres encontraram o túmulo vazio, já do meio para o fim do dia, dois do grupo de discípulos, com a alma em luto e frustrados, decidiram deixar Jerusalém em direção a Emaús – um povoado que os judeus chamavam de Hamat a cerca de 11 km a noroeste de Jerusalém.
No caminho os dois viajantes foram acompanhados por um terceiro companheiro que se mostrou curioso sobre as últimas novidades. A partir daí a conversa fluiu com o desconhecido relacionando as antigas profecias com os últimos acontecimentos.
Ao chegar à aldeia, o terceiro viajante foi instado a não prosseguir devido aos perigos ocultos na escuridão.
Então, o que era estranho tornou-se maravilhoso: Uma palavra de ação-de-graças e o pão partilhado lhes abriram os olhos. E agora era possível reconhecer o Divino Companheiro de caminhada.
— E não é que nossos corações ardiam por dentro enquanto ele nos falava pelo caminho, expondo em detalhes as Escrituras!!!
Assim, dissipadas todas as sombras do luto e frustração, era momento de retornar a Jerusalém e, juntos com os outros discípulos, desfrutarem da presença real e sensível do ressurreto.
Mas, mesmo diante dessa alegria do encontro, sempre o tentador pode turvar o caminho. Então que seja essa a nossa oração e canção:
Fica, Senhor, já se faz tarde
Tens meu coração para pousar
Faz em mim morada permanente
Fica, Senhor, fica Senhor, meu Salvador.
Tenho publicado aqui nessa página várias tabelas sobre o mundo bíblico (lá em baixo vou deixar alguns links para você acessar). Mas para descrever o tempo e como ele era contado na época em que a Bíblia foi escrita, vou preferir descrever as diversas percepções e métodos.
O primeiro povo a criar um sistema de ordenamento do tempo foram os babilônicos. Eles dividiram o tempo em que o sol está brilhando no céu em 12 horas – o dia – e o tempo em que não há sol em outras doze horas – a noite. E, a partir daí, todas as outras subdivisões da contagem do tempo em múltiplos e submúltiplos de 60 – pois essa era a base de sua matemática.
Israel e Judá adotaram o mesmo sistema de medição e registro de tempo dos babilônicos.
§ A hora equivalia a 1/12 do dia; mas a extensão da hora variava de acordo com a estação do ano. As horas do dia eram contadas a partir do nascer do sol e sempre em relação ao seu transcurso pelo céu (veja Mt 20:1-9).
§ A noite era dividida em vigílias. Os israelitas dividiam a noite em três vigílias, sendo cada uma de quatro horas (como em Jz 7:19). Os romanos dividiam a noite em quatro vigílias, com três horas cada uma (como em Mt 14:25).
§ Em geral se denominava de dia ou o total de 12 horas (do nascer ao pôr-do-sol – como em Jo 11:9 e Gn 7:4) ou de 24 horas (de um pôr-do-sol ao outro – Êx 20:8-11).
§ A semana contava com sete dias, terminando com o sábado (considere Êx 20:10 e Mt 28:1).
§ O ano contava com dozes meses lunares iniciando sempre com a lua nova (totalizando 354 dias – veja por exemplo Nm 28:14 e 1Cr 27:1-15). Porém de três em três anos acrescentava-se um mês (pela repetição do último mês) para tirar a diferença entre os 12 meses lunares e o ano solar.
§ Eles também dividiam o ano nas quatro estações (confira, por exemplo, Gn 8:22 e Tg 5:7). E a primeira lua nova da primavera indicava o início do ano.
Por falar em tempo, os gregos tinham três expressões que podem ser traduzidos por tempo em português:
+ χρόνος (chronos – At 1:7) – usado num sentido sequencial: o tempo do relógio, duração, período.
+ καιρός (kairós – 1Ts 2:17) – demonstrando um momento específico da história humana; tempo oportuno, ocasião, época.
+ αἰών (aión – Ef 2:7) – expressa a ideia de tempo, era, período próprio, fase e algumas vezes é traduzido com século.
Veja algumas tabelas e listas sobre o mundo bíblico para enriquecer seu estudo:
As 12 pedras da Nova Jerusalém –
Fauna bíblica – Antigo Testamento –
Fauna bíblica – Novo Testamento –
O Antigo Testamento – livro por livro –
O Novo Testamento – livro por livro –
Os nomes de Deus no AT – 1 e 2
Os sete metais que os antigos conheciam –
Palavras latinas no NT grego –
Palavras semitas no NT grego –
Tabela de medidas bíblicas – peso, volume e dinheiro